Um DESQUALIFICADO na presidência de um PARTIDO DE PRIVATEIROS!
(Wagner Marins)
Aécio Neves discursa na convenção do PSDB |
Durante convenção, tucanos chamam PT de 'autoritário' e Lula de 'canalha'
São Paulo – Discursos contra o PT, contra o governo da presidenta Dilma Rousseff e contra a figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dominaram a convenção nacional do PSDB que ocorreu hoje (18) em Brasília e ratificou o nome do senador Aécio Neves (MG) como presidente da sigla.
Aécio, potencial candidato tucano à presidência da República em 2014, assumiu a tarefa de atacar o governo Dilma, que tem a aprovação de mais 70% dos brasileiros.
Ele classificou o baixo crescimento do PIB nos últimos anos, em meio à crise econômica internacional, de “ridículo, irrisório e vexatório”, e criticou a “inflação saindo de controle e as obras inacabadas e estagnadas". Afirmou ainda que a gestão petista, que tirou mais de 30 milhões de pessoas da miséria, "se conforma com a administração diária da pobreza”.
Contra Lula, o mais exaltado foi o governador de Goiás, Marconi Perillo, flagrado em duas operações da Polícia Federal em transações com o bicheiro Carlinhos Cachoeira. O conteúdo as investigações veio a público no ano passado. Perillo chamou Lula de “canalha”.
“Nunca foi tão difícil ser oposição ao maior canalha deste país. Um dia eu alertei esse canalha que no governo dele havia mesada para comprar deputados e, desde então, fui escolhido ao lado de José Agripino, Arthur Virgílio e Tasso Jereissati como os seus adversários maiores", bradou.
Os principais ataques ao PT vieram do ex-governador José Serra e de um de seus principais aliados, o deputado federal Carlos Sampaio (SP).
Depois de Sampaio dizer, aos berros, que na convenção tucana não havia “mensaleiros”, Serra afirmou que o PSDB tem “a missão de defender a democracia da sanha autoritária” petista.
Disputa interna
Apesar de Aécio assumir a presidência do partido em clima pré-eleitoral, as lideranças tucanas evitaram cravar seu nome como candidato em 2014. O principal obstáculo para a definição antecipada continua sendo José Serra, que não esconde o desejo de continuar controlando o partido e de concorrer novamente.
Serra perdeu para Dilma em 2010 e desgastou-se ainda mais no PSDB após ser derrotado também por Fernando Haddad (PT) na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2012.
Em uma tentativa de contornar a falta de unidade, Aécio negociou cargos importantes na nova direção. O deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame (SP), ligado a Serra, foi escolhido para a Secretaria Geral. E o ex-governador Alberto Goldman, também serrista, deve continuar na vice-presidência.
Isso não foi suficiente, porém, para que Serra e Aécio chegassem juntos ao evento de hoje, contrariando as expectativas das forças que buscam o apaziguamento interno.
Durante seu discurso, Serra disse que irá trabalhar pela unidade tucana “com os olhos em 2014”.
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