terça-feira, 19 de novembro de 2013

CONSCIÊNCIA NEGRA -->10 FILMES PARA REFLETIR


Nesta semana da consciência negra, selecionamos 10 filmes que te farão refletir sobre a situação dos negros no Brasil e no mundo.

Além dos livros, filmes são uma ótima maneira de saber mais sobre História. Nesta semana da consciência negra, selecionamos 10 filmes que te farão refletir sobre a situação dos negros no Brasil e no mundo.
1.Faça a Coisa Certa (Spike Lee – 1989)
Sal (Danny Aiello), um ítalo-americano, é dono de uma pizzaria em Bedford-Stuyvesant, Brooklyn. Com predominância de negros e latinos, é uma das áreas mais pobres de Nova York. Ele é um cara boa praça, que comanda a pizzaria juntamente com Vito (Richard Edson) e Pino (John Turturro), seus filhos, além de ser ajudado por Mookie (Spike Lee). Sal decora seu estabelecimento com fotografias de ídolos ítalo-americanos dos esportes e do cinema, o que desagrada sua freguesia. No dia mais quente do ano, Buggin’ Out (Giancarlo Esposito), o ativista local, vai até lá para comer uma fatia de pizza e reclama por não existirem negros na “Parede da Fama”. Este incidente trivial é o ponto de partida para um efeito dominó, que não terminará bem.

2. Conduzindo Miss Daisy (Bruce Beresford – 1989)
Atlanta, 1948; Uma rica judia de 72 anos (Jessica Tandy) joga acidentalmente seu Packard novo em folha no jardim premiado do seu vizinho. O filho (Dan Aykroyd) dela tenta convencê-la de que seria o ideal ela ter um motorista, mas ela resiste a esta idéia. Mesmo assim o filho contrata um afro-americano (Morgan Freeman) como motorista. Inicialmente ela recusa ser conduzida por este novo empregado, mas gradativamente ele quebra as barreiras sociais, culturais e raciais que existem entre eles, crescendo entre os dois uma amizade que atravessaria duas décadas.

3. A Outra História Americana (Tony Kaye – 1998)
Um dos melhores filmes sobre o tema racial da década de 1990, não poupa o espectador da violência e do ódio ao mostrar os crimes de uma gangue racista de skin heads, formada por integrantes neonazistas, nos Estados Unidos. O filme tem o poder de mostrar como o ódio racial acaba com a vida tanto de agressores quanto de agredidos, e é contundente, principalmente pela mensagem e pela ótima interpretação de Edward Norton.

4. Amistad (Steven Spielberg – 1998)
Baseado em um evento real, este filme relata a incrível história de um grupo de escravos africanos que se rebela e se apodera do controle do navio que os transporta e tenta retornar à sua terra de origem. Quando o navio, La Amistad, é aprisionado, esses escravos são levados para os Estados Unidos, onde são acusados de assassinato e são jogados em uma prisão à espera do seu destino.Uma empolgante batalha se inicia, o que capta o interesse de toda a nação e confronta os alicerces do sistema judiciário norte-americano. Entretanto, para os homens e mulheres sendo julgados, trata-se simplesmente de uma luta pelos diretos básicos de toda a humanidade: a liberdade.

5. A Negação do Brasil (Joel Zito Araújo – 2001)
O documentário é uma viagem na história da telenovela no Brasil e particularmente uma análise do papel nelas atribuído aos atores negros, que sempre representam personagens mais estereotipados e negativos. Baseado em suas memórias e em fortes evidências de pesquisas, o diretor aponta as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica dos afro-brasileiros e faz um manifesto pela incorporação positiva do negro nas imagens televisivas do país.

6. Quanto Vale Ou É Por Quilo? (Sergio Bianchi – 2005)
Adaptação livre do diretor Sérgio Bianchi para o conto “Pai contra Mãe”, de Machado de Assis, Quanto Vale ou É Por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica sócio-econômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais. No século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objetivo: o lucro. Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes reunido pelo cinema nacional, Quanto Vale ou É Por Quilo? mostra que o tempo passa e nada muda. O Brasil é um país em permanente crise de valores.

7. Agosto Negro (Samm Styles – 2007)
A curta vida do ativista condenado George Lester Jackson (Gary Dourdan, da série CSI) se torna o estopim para uma revolução, dando início a mais sangrenta rebelião ocorrida em toda a história do presídio de San Quentin. Agosto Negro narra a jornada espiritual e a violenta fé de Jackson, desde sua condenação por roubar 71 dólares de um posto de gasolina até galvanizar a Família Black Guerrilla com seu incendiário livro, criado a partir de cartas, Soledad Brother, ou espalhar ferocidade nos corredores de San Quentin em um dia de agosto, quando seu irmão mais novo, Jonathan, chocou o país ao fazer refém toda uma corte de justiça na Califórnia, em protesto pelo julgamento de Jackson. Para o militante George Jackson, a revolução não era uma escolha, mas uma necessidade.

8. Besouro (João Daniel Tikhomiroff – 2010)
Bahia, década de 20. No interior os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre eles está Manoel (Aílton Carmo), que quando criança foi apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio (Macalé). O tutor tentou ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também as virtudes da concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi devido à identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas características não deveria voar. Ao crescer Besouro recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes.

9. Bróder (Jeferson De – 2011)
Capão Redondo, bairro de São Paulo. Macu (Caio Blat), Jaiminho (Jonathan Haagensen) e Pibe (Sílvio Guindane) são amigos desde a infância e seguiram caminhos distintos ao crescer. Jaiminho tornou-se jogador de futebol, alcançando a fama. Pibe vive com Cláudia e tem um filho com ela, precisando trabalhar muito para pagar as contas de casa. Já Macu entrou para o mundo do crime e está envolvido com os preparativos de um sequestro. Uma festa surpresa organizada por dona Sonia (Cássia Kiss), mãe de Macu, faz com que os três amigos se reencontrem. Em meio à alegria pelo reencontro, a sombra do mundo do crime ameaça a amizade do trio.

10. Histórias Cruzadas (Tate Taylor – 2012)
Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, anos 60. Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a emprega da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo.Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.

Com informações da Biblioteca da Universidade Federal de São Paulo

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

AUTONOMIA, IGUALDADE E LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA À MULHER


CUT São Paulo promove caravana por autonomia, igualdade e luta contra a violência à mulher

A CUT São Paulo, por meio da Secretaria Estadual da Mulher Trabalhadora (SEMT-CUT/SP), promove a caravana “Por Autonomia e Igualdade – Novembro de Luta contra a Violência à Mulher”, com programação de atividades de 09/11 a 05/12 nas subsedes cutistas em todas as regiões do Estado e encerramento no dia 06/12, com ato na capital paulista em evento no Sindicato dos Químicos de SP.
No período, representantes da direção executiva da CUT/SP, do Coletivo Estadual de Mulheres e demais sindicalistas, militantes, entidades e movimentos parceiros farão parte da série de encontros, com o intuito de discutir os desafios e apontar as estratégias necessárias ao enfretamento da violência que tanto vitima as mulheres.  A mobilização ocorre no mês marcado pelo Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, em 25 de novembro.
O primeiro encontro será neste sábado (9), em Presidente Prudente, com a Professora Simone Duran, da Instituição Toledo de Ensino e coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social do município.
Segundo Sonia Auxiliadora Vasconcelos Silva, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SP, a caravana vai discutir todas as formas dessa violência, não só doméstica, mas no mundo do trabalho e na mídia. Os dirigentes pretendem também refletir sobre a desigualdade na sociedade como um todo.
“Queremos, ainda, apontar o desinteresse do governo estadual, que tem orçamento aprovado, mas não destina recursos para políticas públicas de combate à violência, nem para promover a autonomia e a igualdade às mulheres”, explica a secretária cutista.
A caravana contará ainda com a participação de outras secretárias da direção executiva da CUT/SP - Adriana Oliveira Magalhães, da Comunicação e Imprensa; Rosana Aparecida da Silva, de Combate ao Racismo, e Telma Aparecida Andrade Victor, da Formação.
Histórico - O 25 de novembro foi definido como Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher em 1991, após a realização do I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia.
A data presta homenagem às irmãs Mirabal - Pátria, Minerva e Maria Teresa -, ativistas políticas brutalmente assassinadas em 25 de novembro de 1960 por enfrentar a ditadura de Rafael Leónidas Trujillo, na República Dominicana.
Trujillo começou sua ditadura em 1939 e a morte das irmãs, conhecidas como Las Mariposas, comoveu toda a nação dominicana, levando ao assassinato do governante em maio de 1961.
Confira o calendário de atividades e participe! Outras informações na SEMT-CUT/SP - (11) 2108-9169 ou semt@cutsp.org.br.
Faça o download do folder eletrônico clicando aqui.
09/11, das 10h as 13h13 – PRESIDENTE PRUDENTE Local: Subsede da CUT/SP - Rua Ulisses Ramos de Castro, 268 – Bosque
Participação conjunta com as Subsedes de Araçatuba, São José do Rio Preto e Ourinhos;
Contato: (18) 3222-8394 Edmar – Marta
18/11, das 19h às 22h – BAURU Local: Subsede da CUT/SP - Rua XV de Novembro, 370 – Centro
Contato: (14) 3234-2115 Chicão – João
19/11, às 14h – SÃO CARLOS Local: Sindicato dos Metalúrgicos - Rua Riachuelo, 632 – Centro 
Contato: (16) 3419-2208 / 3419-2209 Ednaldo – Daniela
20/11 – Marcha da Consciência Negra
21/11, às 19h – SOROCABA Local: auditório do Sindicato dos Metalúrgicos Rua Julio Hanser, 140 – 2º andar, Centro.
Contato: (15) 3231-6046, Miúdo (15)  991225866, Lucia (15) 99122-4521
22/11, às 18h30 – VALE DO RIBEIRA 
* na cidade de Registro, com local a confirmar
Contato: (13) 3821-4956 Fouto – Elis
25/11, às 18h30 – BAIXADA SANTISTA Local: Settaport - Rua XV de Novembro, 156 – Santos 
Contato: (13) 3394-0013 Mario – Rebeca
26/11, às 09h – ABC 
Ato Público na Praça da Matriz de São Bernardo do Campo  
Contato: (11) 4437-3300 / 4427-6162 Cladeonor - Socorro
27/11, às 09h – MOGI DAS CRUZES 
Local: Subsede da CUT/SP - R Prof. Elionora de Oliveira Melo, 82 - Jd Santista 
Contato: (11) 4727-7322 Katia – Priscila
03/12, das 14h às 18h – GUARULHOS Local: Sindicato dos Bancários de Guarulhos e Região – Rua Paulo Lenk, 128 – Centro
Contato: (11) 2408-0650 Rogério – Edna
04/12, às 10h – JUNDIAÍ Local: Sindicato dos Bancários de Jundiaí – Rua Prudente de Moraes, 843 – Centro
Contato: (11) 4521-1297 Vitor – Zilda 
05/12, das 10h às 12h – OSASCO Local: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região – Regional Osasco. Rua Presidente Castelo Branco, 150 – Centro 
Contato: (11) 3682-0266 Tafarel – Debora
ENCERRAMENTO DA CARAVANA COM A REALIZAÇÃO DE ATO EM SÃO PAULO / CAPITALDia 06 de dezembro de 2013
Horário: a partir das 16 horas
Realização: SEMT – CUT/SP e SNMT/CUT
Local: Sindicato dos Químicos de São Paulo – Rua Tamandaré, 348, Liberdade / SP

terça-feira, 5 de novembro de 2013

CANALHICE: QUEREM OS POBRES FORA DA INTERNET (TAMBÉM)

Teles pressionam para excluir pobres do acesso à internet

Professor da UFABC avalia que lobby no Congresso pode levar a retrocessos no acesso irrestrito à navegação pela rede, impondo diferenças econômicas e ideológicas entre os usuários

São Paulo – Nascido como uma proposta inovadora, representante dos anseios da sociedade, o marco civil da internet corre o risco de se transformar numa mudança capaz de frear os avanços obtidos nos últimos anos na rede e dela excluir setores gradativamente incluídos no uso e nos debates trazidos pelo relacionamento virtual. Se prosperar o lobby das empresas de telecomunicações, controladoras de 8% das riquezas do Brasil, surgirá uma internet dos ricos, com direito à exploração integral das ferramentas existentes, e uma dos pobres, excludente e limitadora.
Na segunda-feira (4), no programa Contraponto, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, em parceria com o Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé, o cientista político Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC e integrante do Comitê Gestor da Internet, recordou que as teles querem colocar em risco a normatização da internet tal como a usamos hoje: sem restrições de acesso a determinados tipos de conteúdo e sem discriminação financeira.
O programa debateu os perigos trazidos por uma semana decisiva para a tramitação, na Câmara, do projeto de lei surgido da internet, encaminhado ao Ministério da Justiça e daí repassado ao Congresso. A proposta ganhou tramitação de urgência, a pedido de Dilma Rousseff, depois das denúncias de espionagem de comunicações pessoais da presidenta e de empresas nacionais pelos Estados Unidos.
Com isso, tranca a pauta da Câmara e, imagina-se, tem chance de ser votada ainda esta semana. Se aprovada sua versão inicial, representará um caso único no mundo, que no geral convive com modelos balizados por restrições que se ancoram na argumentação da segurança nacional e da diferenciação econômica de usuários.
Mas, na reta final, o lobby das teles e da Globo, representado no Congresso pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), trabalha com força para alterar o projeto relatado por Alessandro Molon (PT-RJ). Uma das ideias centrais é quebrar o princípio de neutralidade da rede. Se isso ocorrer, as fornecedoras de conexão à internet podem trabalhar com diferentes pacotes, que incluam o acesso a serviços de acordo com a capacidade financeira do usuário: acesso apenas a e-mail, apenas a redes sociais, apenas a canais de vídeo etc. Em outra frente, podem impor restrições ao acesso a determinados tipos de conteúdo, barreira não livre de recortes ideológicos ou morais que rompe com a internet como os brasileiros conhecemos hoje.
Acompanhe a seguir as explicações de Sérgio Amadeu sobre o marco civil e os riscos trazidos por mudanças.