domingo, 30 de setembro de 2012

RAZÕES DE SOBRA PARA NÃO VOTAR EM JOSÉ SERRA



Serra é o candidato da cidade que está mergulhada no caos da (i)mobilidade urbana, porque não só tem a tarifa de transporte público mais cara do país (vide: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/02/12/metro-de-sp-sobe-a-r-3-neste-domingo-10-tarifa-aumentou-275-desde-o-inicio-do-plano-real.htm patrocinada pelo seu aliado, apadrinhado político, antigo vice-prefeito, apoiador e entusiasta, Gilberto Kassab (PSD)- como, além disso, sucateou o serviço e, na parceira de que se orgulha em tanto ter com o governo do Estado, ampliou, em 20 anos de governo do seu partido no Estado de São Paulo, apenas em média de 2,5 km por ano a extensão das linhas de metrô (vide: http://www.redebrasilatual.com.br/temas/cidades/2011/08/metro-de-sp-vai-levar-mais-de-30-anos-para-atingir-meta-do-governo-do-estado da cidade.

Mais razões por que não queremos José Serra prefeito de São Paulo?


>Porque ele diz ter a carreira política íntegra, mas esconde, omite e se desdobra para manter no silêncio todo o episódio d'A Privataria Tucana (vide aqui: http://www.cartacapital.com.br/politica/resenha-de-a-privataria-tucana-causa-demissao-de-jornalista-na-revista-da-biblioteca-nacional/ e download aqui: http://www.4shared.com/office/_g97fr3a/A_Privataria_Tucana.html 



>Porque ele, embora negue e creia em contos da carochinha (vide: http://www.valor.com.br/eleicoes2012/2830898/rejeicao-nao-e-dado-relevante-diz-serra tem a taxa de rejeição mais alta, 44% segundo o Datafolha, entre todos os candidatos à prefeitura de São Paulo - e isso não só não é pouca coisa, mas também faz muito sentido!;



>Porque ele se diz um entusiasta da liberdade de expressão e de imprensa, mas é um truculento que manda demitir jornalistas que tecem críticas a ou, no mínimo, contestam o que ele faz (vide:http://ponto.outraspalavras.net/2012/07/26/nassif-levanta-contribuicoes-de-leitores-repudiando-acoes-autoritarias-de-serra/ 



>Porque ele inova no visual (vide: http://serrainova.tumblr.com/ nas piadas, na comilança (vide: http://www.youtube.com/watch?v=6ilV_hEfKnw nos próprios exercícios físicos e na "vida daora" ( http://serraloko.tumblr.com/ mas continua com aquele sorriso amarelo, aquele asco do público e aquela cara forçada e dissimulada que tenta esconder que só faz o que faz pelo poder ( http://blogladob.com.br/wp-content/uploads/2010/08/Serra_feio.jpg e ainda diz não ter medo de cara feia!;



>Porque, se o conservadorismo é o que coloca Celso "vamos falar sobre São Paulo" Russomano (PRB) como líder das intenções de voto, Serra tem também ampla aderência nesse setor (vide:http://www1.folha.uol.com.br/poder/1157902-inclinacao-conservadora-em-sao-paulo-impulsiona-russomanno.shtml e não é o conservadorismo, dominante na cidade por décadas, que vai mudar São Paulo;



>Porque -pode parecer batido- Serra até pode entrar na prefeitura e cumprir o mandato, mas, se não cumpre o mínimo que disse antes quando assumiu a prefeitura, por que cumpriria agora tantas outras promessas?;



>(Se servir também... porque nem chutar uma bola de futebol ele sabe! Vide: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1157309-serra-perde-o-sapato-ao-chutar-bola-na-zona-leste-de-sp-veja.shtml



>Porque por essas e por ainda muitas outras razões não queremos José Serra (PSDB) prefeito de São Paulo!



Elenquemos nossos motivos! Vamos mudar São Paulo! NÃO votamos em Serra (e, aliás, nem no Russomano (PRB))!



Se apesar disso, no entanto, você ainda simpatiza com aquela careca lustrosa e aquele sorriso forçado e rançoso, e acha que o Serra é, sim, "um cara do bem", coloque também os seus motivos -se há algum. Porque, ao contrário, cremos que a discussão enriquece a política, a democracia pressupõe divergências e que tod@s têm o direito de se expressar. Mas não queremos o Serra (muito menos Russomano) prefeito.


quinta-feira, 27 de setembro de 2012

RUSSOMANNO E SEU PLANO "LARANJA"

ACORDA SÃO PAULO!
O perigo que é ter um "Prefeito" com esse caráter.
=Wagner Marins=
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Campanha de Russomanno usa ‘laranja’ como coordenador de plano de governo

Apontado por integrantes do comitê do PRB como o responsável pelo programa, ‘Carlos Baltazar’ chama-se, na verdade, Carlos Alberto Joaquim; candidato diz ser apenas ‘nome de guerra’

Apontado por integrantes da campanha como o coordenador do plano de governo de Celso Russomanno (PRB), candidato que lidera todas as pesquisas de intenção de votos em São Paulo, “Carlos Baltazar” chama-se, na verdade, Carlos Alberto Joaquim. Funcionário concursado de baixo escalão da Prefeitura, ele realiza função secundária no comitê, como agrupar sugestões de propostas enviadas por colaboradores de Russomanno.

Russomanno apresentou nesta semana um programa de governo que virou alvo de críticas por reproduzir uma série de propostas genéricas apresentadas em julho à Justiça Eleitoral. Os adversários afirmam também que suas propostas, como o aumento do efetivo da guarda municipal de 6 mil para 20 mil homens, não têm lastro orçamentário. O plano de governo impresso por Russomanno é assinado apenas pelo candidato e por seu vice, Luiz Flávio D’Urso (PTB).
Os nomes dos “técnicos” que Russomanno diz terem ajudado a elaborar o programa de governo nunca foram divulgados oficialmente pela campanha do PRB, apenas o de “Carlos Baltazar”.
Joaquim (ou “Carlos Baltazar”), que se apresenta como fotógrafo nas redes sociais, é assistente de gestão de políticas públicas na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho. Ele foi levado para a campanha por Luiz Augusto de Souza Ferreira, o Guto, que é o seu chefe no banco de microcrédito da Prefeitura e filiado ao PRB.
A equipe de Russomanno divulgou o nome falso alegando que Joaquim poderia ser perseguido, já que o prefeito Gilberto Kassab (PSD) apoia a candidatura de José Serra (PSDB). O “Baltazar” utilizado pelo servidor municipal seria um sobrenome de seus familiares que não consta de seus documentos oficiais.
Questionado pelo Estado, Russomanno afirmou que os colaboradores do seu programa usam “nome de guerra” para se protegerem de possível “perseguição”. O candidato negou que Joaquim seja coordenador “laranja”.
Desconhecido. O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho, Marcos Cintra (PSD), chefe de Joaquim, afirmou ontem desconhecer um funcionário com sobrenome de “Baltazar”. “Li uns dez dias atrás que apareceu essa coisa de Carlos Baltazar. Chamou a minha atenção, mandei ver se tinha esse nome. Não tinha. Depois é que se falou, parece que é esse nome Joaquim que estaria realmente envolvido nessa atividade (na campanha de Russomanno)”, disse Cintra. “Esse Joaquim tem. É funcionário da Prefeitura e está lá na secretaria, sim. Se não me engano, entrou na Prefeitura em 88, no começo da década de 90”, completou.
Cintra levou Ferreira, o chefe de Joaquim, para a secretaria municipal em 2010. Os dois se conheceram na época em que eram filiados ao PFL (atual DEM), antigo partido de Kassab. Já na presidência do banco de microcrédito, Ferreira conheceu Joaquim e o convidou para trabalhar como analista de projetos no órgão.
Foi Ferreira quem colocou Joaquim na campanha de Russomanno, que conhece desde 2004. Ferreira e Russomanno trabalharam juntos quando o candidato era deputado pelo PP.
Adversários. Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB), que estão tecnicamente empatados no segundo lugar no Ibope, divulgaram os nomes de todos os colaboradores de seus programas. Na lista do petista, constam 51 pessoas. Na do tucano, há 42 colaboradores. O candidato do PSDB, no entanto, informou que pretende divulgar o seu programa de governo completo apenas se passar para o segundo turno. Na campanha de Serra, o coordenador do programa de governo é o presidente do Conselho Estadual de Educação, Hubert Alquéres foi secretário adjunto de Educação, professor da Escola Politécnica da USP e presidente da Imprensa Oficial do Estado.
O programa de Haddad foi coordenado pelo cientista político Aldo Fornazieri, diretor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo e filiado ao partido há mais de dez anos. O trabalho de montagem e sistematização, disse a campanha, durou cinco meses e foi divulgado em agosto.

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA REIVINDICAM ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO NA PRÁTICA

Membros do Coletivo de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT/SP e de vários sindicatos enfrentaram a baixa temperatura para alertar para a falta de políticas públicas de inclusão. Foto: Flaviana Serafim

“Deficiente não é quem está numa cadeira de rodas, mas é aquele que não caminha para fazer projetos a nosso favor”, alerta representante do SindSaúde-SP

Os governos estadual e municipal precisam sair da propaganda e colocar em prática, efetivamente, as políticas públicas de inclusão e acessibilidade para as pessoas com deficiência. Com este alerta, militantes do Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT Brasil, da CUT/SP e de diversos sindicatos como Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Metalúrgicos do ABC e SindSaúde-SP, deram seu recado em ato público realizado na Praça do Patriarca, região central paulistana, na tarde de sexta-feira (21).
No evento organizado pela CUT/SP para o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, o vento frio e a garoa fina que baixaram a temperatura da Capital paulista não foram empecilhos à manifestação daqueles/as que batalham no dia a dia para enfrentar os tantos obstáculos existentes na cidade.
As calçadas esburacadas se multiplicam. Há poucas rampas e as existentes normalmente não têm a inclinação adequada ou são construídas junto aos ralos de escoamento de água, o que impossibilita o uso pelos cadeirantes. O mesmo acontece no metrô por conta do vão entre o trem e a plataforma. Estes são apenas alguns dos impedimentos à acessibilidade dos cadeirantes, como apontam o bancário Isaías Dias, do Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT Brasil e da CUT/SP, e Marly dos Santos, conselheira municipal da Pessoa com Deficiência.
“A acessibilidade pressupõe que a pessoa com deficiência possa se deslocar sem ajuda de outras pessoas, e isso não acontece. Por isso, a questão da deficiência se sobressai mais quando a cidade coloca mais obstáculos. Se eu estiver num lugar acessível, as pessoas vão notar menos a minha presença porque vou poder me locomover com autonomia”, explica o bancário.
E os problemas e denúncias não param por aí. Na cidade de São Paulo, o programa Atende, que segundo a SPTrans transportou em 388 vans adaptadas mais de 25 mil pessoas no primeiro semestre, é insuficiente para dar conta da demanda e é classificado pelas pessoas com deficiência como paliativo diante da falta de transporte coletivo acessível. Além da falta de ônibus adaptados em toda a frota, que exclui principalmente quem mora nas regiões periféricas, as pessoas com deficiência reclamam que há muitos veículos onde o equipamento para acesso por cadeira de rodas está quebrado.
Mercado de trabalho – O artigo 93 da Lei 8.213/91 determina que, nas empresas com 100 funcionários ou mais, é obrigatória a contratação de 2% a 5% de pessoas com deficiência, índice que varia de acordo com o quadro geral de funcionários. Apesar da obrigatoriedade, os membros do Coletivo dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência da CUT reclamam que a legislação não é cumprida e que, ao contrário, existe uma movimentação do empresariado no Congresso Nacional para tentar reduzir o índice de contratações.
Isaías Dias rebate o argumento das empresas que alegam que as pessoas com deficiência não têm capacitação para assumir as vagas existentes. “Isso é mentira porque para muitos postos de trabalho não é preciso ter doutorado para assumir cargos. O que vemos é má vontade do empresariado”, denuncia o bancário.
Mesmo com tantos entraves em seus caminhos, muitas pessoas com deficiência mantêm sua batalha cotidiana pelo direito ao trabalho, à educação e ao lazer.
Com bom humor, Elisete Aparecida A. Vieira, do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), questionou: “Não enxergar é deficiência? Deficiente não é quem está numa cadeira de rodas, mas é aquele que não caminha para fazer projeto a nosso favor. Deficiente visual é nosso governo que não enxerga que nós não temos acessibilidade, nem semáforos sonoros na cidade. Quem é deficiente? Nós ou o governo?”.
Elisete completa: “Tem gente que olha e diz ‘olha, coitadinha, ela não tem um braço’, mas o que eu faço com um só braço é muito mais do que o governo municipal faz porque ele [o prefeito Gilberto Kassab], com dois braços, não tem coragem de assinar projetos que fortaleçam nossa situação”, afirmou.
Organizar e cobrar para conquistar – João Batista Gomes, secretário de Políticas Sociais da CUT/SP, ressaltou que a organização dos trabalhadores/as é um dos caminhos no embate por políticas públicas no governo e por conquista de direitos nas empresas.
“A Secretaria de Políticas Sociais busca dar impulso ao coletivo e incentiva os sindicatos a tratar o tema porque ainda é uma dificuldade fazer com que incorporem a pauta de reivindicações dos trabalhadores com deficiência e, a partir daí, na campanha salarial, nos acordos coletivos, cláusulas sindicais, na exigência do cumprimento da lei de cotas”, apontou o dirigente.
Adriana Magalhães, secretária de Imprensa e Comunicação da CUT/SP, frisou que os movimentos sociais e a Central têm a obrigação de cobrar dos governantes que a cidade tenha acessibilidade para todas as pessoas, principalmente no transporte coletivo e nas vias públicas.  E alertou: “Nesse momento de eleições, é importante observar os candidatos e candidatas que tenham em seus programas de governo políticas de inclusão para todos os segmentos, mas principalmente para as pessoas com deficiência”, afirmou.
Sobre o Coletivo de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência – Com a participação das diversas categorias que compõem a CUT/SP, o coletivo nasceu em 2007 e é resultado do 1º Encontro dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência no Estado de São Paulo. Além de denunciar casos de discriminação dos trabalhadores/as com deficiência, o coletivo exige o cumprimento de leis, reivindica direitos básicos, acompanha as políticas sociais específicas no Estado e atua, ainda, na formulação de propostas junto ao poder público.
Saiba mais:
Baixe e compartilhe o folder da CUT/SP com dados sobre direitos, legislação, serviços e entidades de apoio às pessoas com deficiência.


DITADURA MATOU 1.196 CAMPONESES, MAS ESTADO SÓ RECONHECE 29



Financiada pelo latifúndio, a ditadura “terceirizou” mortes e desaparecimentos forçados de camponeses. O resultado disso é uma enorme dificuldade de se comprovar a responsabilidade do Estado pelos crimes. Estudo inédito da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência revela que 97,6% dos 1.196 camponeses vítimas do regime foram alijados do direito à memória, à verdade e à reparação. Os dados serão apresentados à Comissão Nacional da Verdade para embasar investigações que possam alterar este quadro de exclusão.

Financiada pelo latifúndio, a ditadura “terceirizou” prisões, torturas, mortes e desaparecimentos forçados de camponeses que se insurgiram contra o regime e contra as péssimas condições de trabalho no campo brasileiro. O resultado disso é uma enorme dificuldade de se comprovar a responsabilidade do Estado pelos crimes: 97,6% dos camponeses mortos e desparecidos na ditadura militar foram alijados da justiça de transição. “É uma exclusão brutal”, afirma o coordenador do Projeto Memória e Verdade da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência, Gilney Viana, autor de estudo inédito sobre o tema.


O estudo revela que pelo menos 1.196 camponeses e apoiadores foram mortos ou desaparecidos do período pré-ditadura ao final da transição democrática (1961-1988). Entretanto, os familiares de apenas 51 dessas vítimas requereram reparações à Comissão de Anistia. E, destes, somente os de 29 tiveram seus direitos reconhecidos. Justamente os dos 29 que, além de camponeses, exerceram uma militância político-partidária forte, o que foi determinante para que fossem reconhecidos como anistiados. “Os camponeses também têm direito à memória, à verdade e à reparação”, defende Viana. 

Segundo ele, dentre as 1.196 mortos e desaparecidos no campo, o estudo conseguiu reunir informações sobre 602 novos casos excluídos da justiça de transição, suficientes para caracterizá-los como “graves atentados aos direitos humanos”. Esta caracterização é condição primordial para que sejam investigados pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Segundo Gilney, o objetivo é alterar o quadro atual e permitir que essas vítimas usufruam dos mesmos direitos dos militantes urbanos, estabelecidos pela Lei 9.140, de 4/12/1995, que reconheceu como mortos 136 desaparecidos e criou a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), com mandato para reconhecer outros casos e promover reparações aos familiares que assim o requererem.

As novas vítimas que poderão entrar para a lista oficial de mortos e desaparecidos políticos do país são 75 sindicalistas, 14 advogados, sete religiosos, 463 lideranças de lutas coletivas e 43 trabalhadores que tombaram em conflitos individuais. “Os dados revelam a ponta de um iceberg de um conjunto bem amplo de perseguidos políticos pela ditadura militar até agora pouco estudado”, acrescenta Viana. 

Terceirização dos crimes
Destes 602 casos, em apenas 25% é possível comprovar a efetivação de inquérito policial e, somente em 5%, desfecho judicial. Ainda assim, o estudo conseguiu comprovar a ação direta de agentes de estado em 131 casos, o que facilita o reconhecimento deles como vítimas da ditadura. O problema é que em 471, ou 85% dos casos, as evidências apontam para o fato de que os crimes foram cometidos por agentes privados, ainda que sob a anuência dos representantes da ditadura. 

“O Estado se omitiu, encobertou e terceirizou a repressão política e social no campo, executada por jagunços, pistoleiros, capangas e capatazes, a serviço de alguns fazendeiros, madeireiros, empresas rurais, grileiros e senhores de engenhos, castanhais e seringais. Esta hipótese explicativa principal é compatível com o papel importante que a classe dos latifundiários, fazendeiros, senhores de engenho, castanhais e seringais tiveram no golpe, na sustentação da ditadura e na coligação de forças políticas que fizeram a transição”, diz o estudo.

Apesar da dificuldade, Viana avalia que a CNV tem poderes para incluí-los no escopo de investigados. Segundo ele, o Art. 1º da Resolução nº 2, de 20/8, define que caberá ao órgão “examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos praticadas (...) por agentes públicos, pessoas a seu serviço, com apoio ou no interesse do Estado”. “Isso incluiu os crimes realizados pelos agentes do latifúndio em concurso com os da ditadura”, observa. 

Comissão Camponesa
Embora o estudo da SDH tenha sido concluído, as mortes e desaparecimentos dos demais camponeses já identificados pelo órgão continuarão sendo apuradas, agora pela Comissão Camponesa pela Anistia, Memória, Verdade e Justiça, criada durante o Encontro Unitário, que reuniu, em agosto deste ano, em Brasília, 37 entidades de camponeses, trabalhadores e militantes dos direitos humanos. 

No documento final do encontro, as entidades assumiram o compromisso de “lutar pelo reconhecimento da responsabilidade do Estado sobre a morte e desaparecimento forçado de camponeses, bem como os direitos de reparação aos seus familiares, com a criação de uma comissão camponesa pela anistia, memória, verdade e justiça para incidir nos trabalhos da Comissão Especial sobre mortos e desaparecidos políticos, visando a inclusão de todos afetados pela repressão”.

A Comissão, que conta com o apoio da SDH, já se reuniu duas vezes para definir os eixos de luta, buscando, inclusive, conhecer a experiência na reparação de camponeses pelas comissões da verdade de outros países. “Nos encontramos, por exemplo, com o ativista Eduardo Gonzalez, que foi membro da Comissão da Verdade do Peru, onde muitos camponeses foram reconhecidos como vítimas da ditadura”, conta Viana. 

A Comissão Camponesa já se reuniu também com membros da CNV, em especial a psicanalista Maria Rita Kehl, responsável pelo grupo de investigação dos crimes cometidos pela ditadura contra os camponeses.



Fotos: Concentração camponesa dirigida pelas Ligas Camponesas no Nordeste. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

HADDAD RUMO À VITÓRIA!


Vamos lutar contra os reacionários da direita, contra o retrocesso e a injustiça social na Cidade de São Paulo
=Wagner Marins=
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Ibope mostra Haddad à frente de Serra pela primeira vez em São Paulo



Pesquisa Ibope divulgada hoje (25) mostra o candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, pela primeira vez à frente de José Serra (PSDB). Na comparação com o levantamento anterior, de 13 de setembro, o ex-ministro da Educação avançou três pontos e chegou a 18% das intenções de voto, um ponto a mais que o candidato derrotado à Presidência da República em 2010, que caiu dois pontos. 
A liderança segue com Celso Russomanno (PRB), com 34%, um ponto a menos que na pesquisa anterior. Na quarta posição vem Gabriel Chalita, com 7%, seguido por Soninha Francine (PPS), com 4%. Segundo o Ibope, se as eleições fossem hoje 10% votariam branco ou nulo, enquanto 8% não souberam opinar.
O resultado da nova pesquisa soma-se ao levantamento do Vox Populi, divulgado na véspera, que também acusou crescimento de Haddad, agora empatado com Serra, e contraria o trabalho do Datafolha divulgado na semana anterior dando conta de um aumento nas intenções de voto do tucano e de queda do petista. 


Rejeição e segundo turno

O ex-governador de São Paulo também viu crescer sua rejeição, que passou de 38% para 40%. Outros 16% não votariam em Haddad e 14% descartam escolher Russomanno.
Nas simulações de segundo turno, o candidato do PRB desponta como favorito. Contra Serra, Russomanno chega a 51% das intenções de voto, ante 23% do tucano, que caiu mais dois pontos nesta sondagem. O deputado teria 48% contra Haddad, que ficaria com 24%. O ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva venceria o ex-ministro de Fernando Henrique Cardoso por 39% a 29% na segunda rodada. Nesta simulação, o petista avançou dois pontos, ante um recuo de quatro pontos do adversário.
A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos. O Ibope ouviu 1.022 pessoas de sábado (22) até ontem (24).

TÁ RUSSO, MANNO


Russomanno busca fiador para propostas

A 11 dias da eleição, o comitê de campanha de Celso Russomanno (PRB) procura um coordenador capaz de conferir credibilidade ao programa de governo do candidato que lidera a disputa pela Prefeitura de São Paulo.

A busca por um nome reconhecido no mercado é uma tentativa de neutralizar as críticas de que Russomanno não tem densidade para levar suas promessas adiante.

A procura extrapola as divisas de São Paulo. No Rio, o ministro da Pesca, Marcelo Crivella, do PRB, tem conversado com especialistas e mesmo técnicos de empresas de construção atrás de sugestões para a cidade.

A intenção é indicar um novo coordenador de programa até o fim de semana. O atual coordenador é o jornalista Carlos Baltazar.

Procurado pela Folha, ele se recusou a comentar a possibilidade de ser substituído.

Nesta semana, para reagir às críticas de seus adversários de que não teria programa de governo, Russomanno passou a exibir uma versão impressa de propostas que estão disponíveis em seu site desde 12 de julho.

O candidato mostrou a brochura, de 50 páginas, no debate da TV Gazeta e do portal Terra, anteontem, ao ser acusado pelo candidato do PT, Fernando Haddad, de não ter projetos concretos.

O texto apresentado é o mesmo que foi enviado à Justiça Eleitoral quando ele registrou a candidatura a prefeito e não traz metas quantitativas nem detalhamento de custos das promessas.

Ele disse que esse "plano" é diferente de seu "programa de governo", que afirmou só ser obrigado a registrar 90 dias depois da posse como prefeito, caso seja eleito.

Ele admitiu que a impressão do plano foi feita após as críticas dos adversários. E promete apresentar o programa em etapas até o fim da campanha. O primeiro, segundo diz, é o projeto para esporte e combate às drogas.

PRIMEIRO PLANO
Uma das promessas que constam no texto é estabelecer uma tarifa proporcional para usuários de ônibus de acordo com a distância percorrida. No debate, a ideia virou alvo de críticas de Haddad, que diz que isso vai prejudicar as pessoas mais pobres, que moram mais longe.

Russomanno disse que o preço máximo da tarifa será de R$ 3 --valor atual da passagem-- e que haverá um sistema de identificação biométrica nas portas dos ônibus para calcular o trajeto percorrido por cada usuário.

Ele não informou o custo da implantação do equipamento. O candidato prometeu os dados duas vezes à reportagem, mas eles não foram enviados.

Outra promessa que foi questionada, a de ampliar o efetivo da Guarda Civil Metropolitana para 20 mil agentes, apresenta divergência de custos. Ele diz que custará R$ 650 milhões, mas a prefeitura estimou os gastos em R$ 1 bilhão. (CATIA SEABRA, DIÓGENES CAMPANHA E LUIZA BANDEIRA)

terça-feira, 25 de setembro de 2012

SERRA E KASSAB - "TÁ TUDO EM CASA..."


Saúde: orçamento de Kassab privilegia terceirização e campanha de Serra

Até o final de agosto, organizações privadas já haviam recebido 90% do orçado para o ano, ante 40% da administração direta

Analisada pela reportagem da Rede Brasil Atual, a prestação de contas da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de São Paulo aponta ritmos diferentes na aplicação dos recursos, privilegiando os equipamentos e serviços administrados pelo setor privado. Até 31 de agosto, as Organizações Sociais de Saúde (OSS) que realizam atendimento hospitalar, pronto-socorro e pronto atendimento receberam mais de 90% dos R$ 388.662.488,00 que foram orçados para todo o ano de 2012. Na outra ponta, a operação e a manutenção das unidades de saúde de administração direta recebeu R$ 27.708.049,00, ou 40% dos R$ 72.452.535,00 orçados para o segmento. 

Em ano eleitoral, a gestão de Gilberto Kassab (PSD) tem privilegiado uma de suas armas na propaganda do aliado José Serra (PSDB), candidato à prefeitura. Até 31 de agosto, a “implantação e manutenção de Assistência Médica Ambulatorial (AMAs)” conta com liquidação de 77% dos R$ 309.874.008,00 orçados inicialmente. A área recebeu uma injeção extra de valores de R$ 61.670.000,00.
A “operação e manutenção do programa Mãe Paulistana”, outro tema frequente na campanha de Serra, quase dobrou de orçamento ao longo do ano. Inicialmente, estavam previstos R$ 22.400.000,00, passando a R$ 40.590.000,00 – até agora foram liquidados R$ 25.105.754,00. Já a Estratégia Saúde da Família recebeu R$ 371.712.739,00 dos R$ 495.195.774,00 orçados para este ano, o que corresponde a 75% do valor total.
De acordo com o coordenador do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Cícero Rodrigues, o problema não é a prefeitura executar toda a verba das OSS, mas deixar de lado outros serviços tão importantes quanto o prestado por essas entidades. “Se o serviço está sendo prestado, então é normal que se gaste todo o dinheiro. O que não pode é privilegiar o que é administrado por OSS em detrimento do restante do sistema”, diz Rodrigues. Para o conselheiro, o que ocorre é um investimento na principal bandeira da gestão saúde da administração Kassab, para que não se notem os problemas.
A área de DST/Aids, que teve orçamento de R$ 15.269.533,00 para este ano, recebeu R$ 3.215.139,00, cerca de 22%. Já a implantação do programa de prevenção à Aids na terceira idade sequer saiu do papel. Há R$ 100 mil destinados a esta ação, mas nada foi aplicado até agora. A operação e a manutenção de vigilância em saúde, que compreende serviços como campanhas de vacinação, teve orçamento de R$ 86.901.500,00, mas executou apenas R$ 14.599.965,00, menos de 17% do total. 
O “apoio à consolidação da participação social no SUS municipal”, onde se inclui o Conselho Municipal de Saúde, tem uma das execuções de orçamento mais lentas. Dos R$ 250 mil destinados a essa ação, somente R$ 46.379,00 foram aplicados.
Rodrigues lembra que até o mês de julho deste ano o CMS não pôde trabalhar plenamente, em virtude da tentativa, por parte da prefeitura, de modificar o sistema eleitoral e de distribuição das vagas do Conselho. “De janeiro a julho os conselheiros tiveram de pagar do próprio bolso a realização de suas atividades, pois não receberam qualquer auxílio financeiro por parte do poder público municipal. Isso prejudicou a fiscalização da sociedade sobre as ações da prefeitura”, explica Rodrigues.
Para a vereadora Juliana Cardoso (PT), a execução do orçamento municipal demonstra a opção da gestão Kassab pela administração privada em detrimento de serviços que são administrados diretamente. “A prefeitura usa isso como justificativa para a terceirização sob alegação de que a administração direta não funciona. Investe mais nas organizações sociais, deixando de lado os atendimentos que ela mesma administra, sucateando os serviços e abrindo um precedente para mais privatização”, diz.
Procurada desde a tarde da última quinta-feira (20), a Secretaria Municipal de Saúde não respondeu aos questionamentos da reportagem sobre as diferenças encontradas na execução do orçamento de saúde.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O DESESPERADO CANDIDATO TUCANO


Como sempre, no desespero diante da derrota que virá,
o Sr. Burns parte para o ataque.


=Wagner Marins=
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'Privataria tucana' irrita Serra após debate na arquidiocese

Encontro entre candidatos foi marcado por críticas a Russomanno, que faltou, e por ataques de tucano ao PT
Críticas à ausência de Celso Russomanno (PRB), ataques de José Serra (PSDB) ao PT e pouco confronto direto entre os candidatos marcaram o debate promovido ontem (20) pela Arquidiocese de São Paulo com quatro dos concorrentes á prefeitura de São Paulo neste ano. Além de Serra, participaram Fernando Haddad (PT), Gabriel Chalita (PMDB) e Soninha Francine (PPS). Russomanno foi convidado, mas preferiu marcar uma caminhada para o mesmo horário "nas imediações da praça Sílvio Romero", muito perto de onde se dava o encontro. 
O formato dificultou embates mais quentes entre os candidatos. O momento mais agudo se deu após o encontro, quando Serra conversava com um grupo de jornalistas e alguns simpatizantes. Um jovem que estava a cerca de quatro metros de distância começou a berrar em sua direção algumas palavras e depois gritou: “Privataria!”. Nesse momento, Serra, muito nervoso, foi em direção ao rapaz, que saiu correndo. O candidato t'ucano voltou, ofegante e ainda nervoso. Pouco depois, sorria fazendo algumas brincadeiras.
O rapaz se referia ao livro "Privataria Tucana", lançado no final do ano passado pelo jornalista Amaury Ribeiro. A obra relata que parte do dinheiro das privatizações no governo FHC (PSDB) foi desviado para paraísos fiscais em contas de pessoas muito próximas ao candidato tucano, entre elas sua filha Verônica Serra, um cunhado e um primo.
Guerra Santa
Como se esperava, a ausência de Russomanno foi um dos destaques do encontro. As críticas a ele começaram na abertura do debate. “Não aprovamos que nossas igrejas sejam transformadas em currais eleitorais”, disse Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. Entre os candidatos, a crítica mais incisiva foi de Chalita, ligado á igreja católica. “São Paulo sofre com as brigas e picuinhas. Em conseqüência disso, um candidato que nem está aqui, porque não tem nem propostas, lidera as pesquisas e a cidade corre sério risco”, afirmou o peemedebista.
Nos bastidores do encontro, o padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, falou à Rede Brasil Atual sobre a chamada “guerra santa” entre as igrejas no processo eleitoral paulistano de 2012. “Nós queremos descaracterizar isso. Nossa preocupação não é fazer uma guerra santa, mas fazer a santidade da vida ser respeitada no morador de rua, nas crianças abandonadas, nos mais pobres e esquecidos. O rumo da guerra santa não vai levar a nada”, disse o religioso.
População de rua
No debate, coube a Lancellotti, entre vários outros padres, fazer uma pergunta aos candidatos (no seu caso, a Haddad, com comentário de Serra). “Hoje a população de rua sofre a violência da Guarda Municipal, um tratamento cruel e violento”, introduziu. E quis saber o que o candidato pretende fazer, “considerando que o prefeito deve preparar a cidade para os eventos [Copa do Mundo e Jogos Olímpicos], mas não fazendo ‘limpeza social’?” 
Haddad respondeu que há “uma clara política higienista” na cidade. “Contra moradores de rua e também contra ambulantes, inclusive deficientes”. O petista disse que assinou um documento público se comprometendo cuidar da população de rua com políticas públicas adequadas. José Serra, que, segundo as regras do debate, deveria comentar a fala de Haddad, disse que se solidariza “com quem se manifesta contra a violência” e afirmou que “o número de vagas em albergues aumentou 50% nos governos mais recentes em relação à gestão do PT”. Na tréplica, Haddad disse considerar “incompreensível que numa época de prosperidade a população de rua tenha aumentado em São Paulo”. Haddad disse que, se for eleito, a militarização vai ser substituída por um tratamento social e humano do problema.
Durante o debate, José Serra atacou ou criticou o PT na maioria de suas falas. Até mesmo em suas considerações finais, quando disse que “governar não é fazer pós-graduação” (em clara alusão à carreira acadêmica de Haddad). O petista, porém, preferiu não responder diretamente boa parte dos ataques e ironias do tucano.

EMPREGO - RENDA - IGUALDADE


PNAD 2011: renda cresce, desigualdade cai e desemprego tem queda recorde

Pesquisa nacional divulgada pelo IBGE confirma política de crescimento com distribuição de renda iniciada por Lula e continuada por Dilma; mais pobres são os maiores beneficiados


Os rendimentos das famílias famílias brasileiras cresceram 8,3%, o desemprego teve queda recorde de 20% e a desigualdade continuou caindo no ano passado, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2011, divulgada hoje (21) pelo IBGE. Entre os 10% mais pobres, o aumento no rendimento médio mensal foi ainda maior: 29,2%.

Com exceção da região Norte, o aumento nos rendimentos foi maior para os mais pobres e menor para os 10% mais ricos, em todo país. Com isso, diminuiu a diferença de renda entre pobres e ricos, calculada pelo Índice de Gini para os rendimentos de trabalho, que recuou de 0,518 em 2009 para 0,501 em 2011 (pelo indicador, quanto mais próximo de zero, menos concentrada é a distribuição de renda no país). Apenas no Norte o indicador de desigualdade aumentou, passando de 0,488 para 0,496.

O rendimento médio mensal dos domicílios foi estimado em R$ 2.419,00 em 2011, representando ganho real de 3,3% em relação à 2009, quando a renda mensal média ficou em R$ 2.341,00. O aumento ocorreu em todas as regiões, sendo que no Nordeste ela foi menos expressiva, ficando em 2,0% em relação a 2009.  A região registra também o menor valor do rendimento médio: R$ 1.607,00.

Em 2011, os empregados com carteira de trabalho assinada obtiveram ganho real de 4,9% em relação a 2009. Para os trabalhadores domésticos com carteira assinada, o aumento no rendimento foi de 5,2%, enquanto que para os sem carteira foi de 15,2%. 

Desemprego
Segundo a Pnad, o Brasil apresentou uma queda expressiva no desemprego no ano passado, mesmo diante da crise econômica internacional. A taxa de desocupação passou de 8,2%, em 2009, para 6,7% em 2011, queda de quase 20%. Segundo o instituto, é a menor taxa desde 2004, o que reflete a recuperação econômica do país.

A pesquisa mostrou que o número absoluto de pessoas empregadas cresceu 1,1% no país e chegou a 92,5 milhões em 2011. Apenas a região Nordeste teve queda no número absoluto de pessoas empregadas (-0,9%), que chegou a 23,2 milhões. A redução de cerca de 200 mil pessoas na força de trabalho nordestina pode ser explicada, em grande parte, pela saída de adolescentes do mercado entre 2009 e 2011.

A pesquisa verificou que na taxa de desemprego caiu em todas as regiões do país. A região Sul teve o menor índice em 2011: 4,3%. Mas as maiores quedas, entre 2009 e 2011, foram registradas nas regiões Centro-Oeste (de 7,7% para 5,8%) e Sudeste (de 8,8% para 7%). Já a região Nordeste apresentou a maior taxa de desemprego em 2011 (7,9%) e a pior evolução no período de dois anos (de 8,9% para 7,9%).

A queda também foi generalizada para as faixas etárias, com destaque para a população de 18 a 24 anos, cuja taxa passou de 16,6% em 2009 para 13,8% em 2011. O IBGE verificou que, quanto mais velha for a pessoa, menor a taxa de desemprego. Entre os jovens de 15 a 17 anos, o índice ficou em 22,9%, enquanto entre os adultos com 50 anos ou mais ficou em 2,4%.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

DIA NACIONAL DE LUTA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

CUT/SP promove ato público no Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência

Mobilização nesta sexta (21) reivindica inclusão no mercado de trabalho e acessibilidade

A CUT São Paulo realiza ato público nesta sexta (21), Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência, a partir das 12h na Praça do Patriarca. O objetivo é chamar atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência no cotidiano e apresentar as reivindicações da Central na luta pela inclusão no mercado de trabalho e por políticas públicas inclusivas de educação e saúde.  Durante a programação será criado um mural de impressões com frases e depoimentos de pessoas com deficiência, além de apresentação teatral entre outras intervenções.

Por meio do Coletivo de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência, a CUT/SP também vai alertar para o não cumprimento da Lei 8.213/91, que no artigo 93 determina que as empresas a partir de 100 empregados contratem de 2% a 5% de pessoas com deficiência no quadro geral de trabalhadores/as. Outro alerta importante é para o direito de ir e vir nas cidades, sendo necessárias medidas urgentes para garantir acessibilidade e mobilidade urbana às pessoas com deficiência.

Segundo dados do IBGE, num levantamento realizado em 2010, dos 190 milhões de habitantes, 23,91% da população brasileira declarou ter ao menos uma deficiência, independente do grau, o que representa nada menos que 45 milhões de pessoas. Só no Estado de São Paulo, dos 41 milhões de habitantes, quase 9,3 milhões tem algum tipo de deficiência (22,65%), sendo que na Capital são cerca de 3 milhões de pessoas com deficiência (24,52%).

Coletivo de Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência – Com a participação das diversas categorias que compõem a CUT/SP, o coletivo nasceu em 2007 e é resultado do 1º Encontro dos Trabalhadores e Trabalhadoras com Deficiência no Estado de São Paulo. Além de denunciar casos de discriminação dos trabalhadores/as com deficiência, o coletivo exige o cumprimento de leis, reivindica direitos básicos, acompanha as políticas sociais específicas no Estado e atua, ainda, na formulação de propostas junto ao poder público.