segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

GOVERNO HADDAD/PT - UM NOVO TEMPO (1)

HADDAD QUER INCLUIR 225 MIL NO BOLSA FAMÍLIA

Prefeito quer que Secretaria cadastre possíveis beneficiários. São Paulo é a capital com menor adesão

O prefeito Fernando Haddad (PT) orientou sua secretária de Assistência Social, Luciana Temer, a identificar e cadastrar mais de 225 mil potenciais beneficiários do Bolsa Família que estariam à margem do programa federal em São Paulo.

Como em média cada beneficiário recebe R$ 108 mensais, R$ 24, 3 milhões seriam injetados na economia paulistana com o acréscimo de adesões ao Bolsa Família. A determinação de Haddad aconteceu na reunião com o Comitê de Desenvolvimento Social, na sexta-feira. Além desse comitê, Haddad reuniu-se com integrantes de outros três comitês setoriais.

O município de São Paulo deve pleitear mais verbas de programas sociais do governo federal, entre eles o Bolsa Família e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), destinado a aposentados e pessoas portadoras de deficiência.

Já em seu discurso de posse, Haddad disse que a meta número um é o combate à miséria, por meio de parcerias com o governo federal. “Não é possível conviver mais tempo com tanta desigualdade”, afirmou. “Existe ainda muita miséria na cidade de São Paulo. Vamos identificar as pessoas. Vamos dar o exemplo de como o programa federal de erradicação da miséria pode apresentar o seu primeiro resultado pleno na cidade mais rica do país.”


FONTE: FERNANDO.GRANATO@DIARIOSP.COM.BR


PREFEITO DE SÃO PAULO VAI MUDAR ATUAÇÃO DA GUARDA CIVIL
Abordagens serão feitas com presença de assistente social

Depois de passar a gestão Gilberto Kassab (PSD) focada no combate à pirataria e em uma tensa relação com moradores de rua, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) de São Paulo vai mudar de perfil. 

O novo secretário da Segurança Urbana da gestão Fernando Haddad (PT), Roberto Porto, disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que todas as abordagens a moradores de rua deverão ser feitas com a presença obrigatória de um assistente social.

A mudança de postura é consequência de uma avaliação feita pela gestão petista de que o histórico da atuação dos guardas é truculento. Entre as principais polêmicas relacionadas ao órgão durante a gestão Kassab está a retirada dos moradores de rua que ficavam no Largo de São Francisco, em setembro do ano passado. No mesmo mês, guardas-civis entraram em confronto com moradores da Favela do Moinho, no centro, que havia pegado fogo dias antes. Um morador chegou a ser baleado e outras seis pessoas ficaram feridas. Roberto Porto explica o novo sistema.

— "A minha ideia é de que as abordagens sempre sejam acompanhadas de um assistente social. Pretendo criar um protocolo de abordagem para diminuir drasticamente esse histórico de violência."

Além disso, o titular da pasta diz acreditar que a Guarda estava muito focada no combate ao trabalho de camelôs irregulares e a ações antipirataria durante a última gestão, algo que deverá ser modificado neste ano.

— "O antigo secretário (Edsom Ortega) voltou a Guarda para operações de pirataria. Nós temos outro perfil. A Guarda, no meu entender, está um pouco distante da população e deve ocupar um lugar mais próximo."

Ele também diz que devem ser feitas mudanças na Operação Delegada, bico oficial da Polícia Militar usado atualmente para combater o comércio irregular.

Outra mudança que Porto quer efetivar é levar de volta os guardas municipais aos parques. Gradualmente, a última administração foi investindo mais em vigilantes desarmados, sob alegação de que esse tipo de mão de obra é mais barata. Hoje, os vigias são responsáveis pela segurança da maioria dos parques. O único espaço de lazer que tem uma base fixa da GCM é o parque do Ibirapuera. Mas, mesmo lá, segundo o secretário, é necessária uma mudança.

Porto promete também um aumento no número de guardas. A prefeitura deve fazer ainda neste ano um concurso público para a contratação de 2 mil guardas-civis. O ideal, segundo ele, seria dobrar os 6,3 mil membros da corporação. A curto prazo, porém, isso não é possível.

— "Nos últimos seis anos, a corporação perdeu mais de 1,5 mil agentes."


Publicado em 7/1/2013
Conteúdo Estadão





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