Das 125 unidades especializadas no atendimento de mulheres em São Paulo, apenas cinco participam de evento para discutir o papel das delegacias no enfrentamento à violência. (Flaviana Serafim - CUT/SP)
O atendimento da segurança pública às mulheres vítimas de violência é centro dos debates no encontro nacional “O Papel das Delegacias no Enfrentamento à Violência contra as Mulheres”, promovido nos dias 7 e 8 de agosto pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República.
Aproximadamente 300 delegadas de todas as regiões do país participam do evento, e o grupo inscrito no encontro representa 56% das 378 titulares de delegacias especializadas de atendimento à mulher (DEAMs) e 120 postos policiais existentes no Brasil. Porém, o estado de São Paulo é o que tem menor participação – das 125 DEAMs, apenas cinco se inscreveram, ressaltando, mais uma vez, o completo descaso do governo estadual paulista com a violência sofrida pelas mulheres.
A ministra Eleonora Menicucci afirmou que “a SPM assumiu o compromisso de fortalecer as delegacias especializadas de atendimento à mulher. Entendemos que esses são instrumentos estratégicos para agir com rigor no enfrentamento à violência contra as mulheres”. Agora, falta que o governo estadual paulista assuma o mesmo compromisso. Enquanto isso não acontece, as mulheres continuam sendo violentadas no ambiente doméstico e sem o amparo de uma lei que não saiu do papel no estado de São Paulo.
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