POLÍCIA MILITAR DE SP
A POLÍCIA DEMOCRÁTICA: NA VIOLÊNCIA!
A POLÍCIA DEMOCRÁTICA: NA VIOLÊNCIA!
CUT/SP
Mais uma vez no jogo do Corinthians fomos obrigados a ver cenas de selvageria da Polícia Militar de São Paulo. Na TV Record, umas das poucas - talvez a única rede - que mostrou o tratamento que a polícia militar dispensa ao torcedor paulista, podemos conferir como funciona esta lógica autoritária. Esse estatuto do torcedor...
Eram milhares de torcedores/trabalhadores, pais e mães de família com seus filhos e seus ingressos na mão, tomando bombas e borrachadas da PM democrática do estado de São Paulo – democrática na violência. Muitos machucados com ferimentos a mostra e onde o único crime era estar no momento e na hora errada para a PM, era estar no Pacaembu para acompanhar seu time do coração.
Nesta, sobrou até para los hermanitos. Não vimos nenhum vídeo e nem escutamos comentários de que a polícia argentina tenha tratado da mesma maneira nossos torcedores, e relatos de brasileiros que acompanharam o jogo da semi-final na Bombonera comprovam que não houve nem violência, nem qualquer tipo de atitude agressiva dos policiais argentinos.
“É a preparação para a Copa do Mundo”
Na reportagem da TV Record, inclusive, um torcedor que era entrevistado mostrou toda sua indignação com a frase acima. Não somos terapeutas sociais, mas parece que existe uma insanidade que começa no governante do PSDB, passa pelo comando da PM e chega às ruas como se nós cidadãos merecêssemos esse tipo de tratamento. Se as coisas acontecerem assim na Copa do Mundo, sairemos com a fama de uma republiqueta autoritária para o mundo todo.
Desrespeito não é apenas com torcedores
É revoltante observar o despreparo e a truculência com que a polícia militar do estado de São Paulo trata a população. Em todos os momentos, não apenas em jogos de futebol, dá para sentir o cassetete democrático da polícia tucana. Toda vez que esta é chamada a “resolver” conflitos, podemos esperar que vai sobrar porrada pra todo mundo – menos para os poderosos e especuladores como o Naji Nahas .
Nas greves dos trabalhadores, nas desocupações - vide a selvageria que ocorreu no Pinheirinho, em São José dos Campos, e outras na cidade de São Paulo -, nos jogos de futebol, nos shows e nas universidades, a PM está sempre pronta a distribuir para a população seus gases de pimenta, suas balas de borracha, suas bombas de efeito moral, isso quando para por aí. E tudo com a complacência da mídia paulista e nacional, ansiosos apenas para mostrar a versão oficial.
E não adianta tentar denunciar porque hoje a ditadura da mídia funciona mais que a militar onde esta PM truculenta foi gerida. É importante salientar que a grande maioria de torcedores que estavam nas imediações do Pacaembu estava com seus ingressos comprados. Cambistas, ingressos falsos e flanelinhas só existem por pura incompetência da própria PM e do governo do estado que não combatem esses crimes. No jogo do Corinthians da última quarta-feira (04/07) sobrou até para os torcedores idosos...
No poder há mais de 16 anos no estado de São Paulo, o viés autoritário do governo tucano começou a se delinear conforme estes foram se refugiando à direita, com seus governos neoliberais. Venderam o estado, fizeram proliferar presídios e as políticas sociais dos tucanos são aquelas que acompanhamos no Pinheirinho, que citamos novamente pelo seu simbolismo de como os tucanos resolvem os problemas sociais.
Sabemos que existem torcedores que se excedem e que muitas vezes provocam brigas, desentendimentos e até coisas piores. Agora, também sabemos que falta a PM paulista reverter esta lógica autoritária na qual a polícia está inserida. Para isso, o povo de São Paulo tem que escolher nas eleições governos democráticos para que esta ordem seja invertida.
Precisamos de um novo modelo de desenvolvimento e, neste modelo, uma nova forma de se tratar o cidadão que paga seus impostos. Em São Paulo as coisas funcionam assim: aos poderosos tudo, aos trabalhadores e trabalhadoras, as borrachadas...
Não podemos culpar apenas os policiais, temos que retribuir exclusivamente ao comando maior, o Governador do Estado, os policiais que quiserem cumprir o papel de policial instrutivo e democrático não serve, para este Governo Autoritário e truculento do Estado de São Paulo, agir com o rigor da Lei, fazer cumprir a Constituição não ajoelhar no pescoço/cabeça do infrator ou por-lhe a ferramenta de "trabalho na boca", isto não é cumprir a LEI.
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