Wagner Marins
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Brasil sem Miséria quer incluir mais 800 mil famílias pobres no Bolsa Família
Wagner Marins
terça-feira, 19 de julho de 2011
Movimentos Sociais repudiam acordo Minicom-teles: banda lenta, cara e sem universalização
Para transformar estas bandeiras em conquista efetiva da sociedade brasileira, a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) convoca desde já o conjunto das entidades populares a se somarem para a construção de uma grande manifestação no dia 15 de agosto. É hora de levantarmos a voz em defesa da democracia e reivindicar do governo que atenda ao clamor da sociedade e não das teles.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
10 MIL AVERMELHAM CENTRO DA CAPITAL PAULISTA
FONTE: Site da CUT São Paulo
terça-feira, 5 de julho de 2011
CUT - RUMO AO 06 DE JULHO: PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Escrito por: Luiz Carvalho
Dia 6 de Julho, próxima quarta-feira, os trabalhadores de todo o País já tem compromisso agendado.A pauta definida pela CUT nacional aponta três grandes eixos: trabalho e sindicalismo (ganhos reais e cláusulas sociais nas campanhas salariais do 2º semestre; redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário; liberdade e autonomia sindical; fim do Imposto Sindical; combate às práticas antissindicais; fim do Fator Previdenciário; e combate à precarização e à terceirização); alimentação (reforma agrária, PEC do Trabalho Escravo; luta contra os agrotóxicos; e contra o modelo agrário atual) e educação (aprovação do Plano Nacional de Educação em 2011; valorização dos profissionais; e educação no campo).
Confira abaixo a programação nos estados:
Alagoas
Paralisações em portas de fábrica e comércio. Às 9h, ato na Superintendência do Trabalho e Emprego, em Maceió.
Amazonas
A atividade está marcada para as 8h, na Avenida Sete de Setembro.
Bahia
No desfile cívico do 2 de julho, que marca a separação definitiva do Brasil do domínio de Portugal, a CUT levará as bandeiras do Dia Nacional de Mobilização. No dia 6, em Salvador, haverá panfletagem no centro, às 10h, e à tarde, na estação de transbordo de Cajazeiras.
Ceará
Pela manhã, paralisação no Porto de Pecém. À tarde, os servidores da saúde e da área têxtil, em greve, se unem na saída da atividade do Pecém. Haverá também manifestação na reitoria da Universidade Federal da Bahia.
Distrito Federal
No dia 5, os trabalhadores irão receber os parlamentares no aeroporto. Dia 6, às 9h, acontece um ato no Palácio dos Buritis, onde o MST permanecerá acampado do início ao final da semana. Às 15h, ocorre panfletagem na rodoviária de Brasília.
Espírito Santo
A manifestação acontece no centro da cidade, com caminhada até o Palácio do Governo em defesa da implementação do Piso Nacional da Educação no Estado.
Goiás
Café da manhã com imprensa e com entidades filiadas na sede da CUT-GO, às 8h. Depois, acontece coletiva e a seguir debate. Entidades filiadas também farão atividades no local de trabalho.
Mato Grosso
No Mato Grosso, os servidores federais em greve se integrarão à manifestação que promoverá a panfletagem na praça Alencastro, centro de Cuibá, e nas principais vias e terminais de ônibus da capital.
Maranhão
No Maranhão, a concentração acontece diante prefeitura de São Luís. Em seguida, os manifestantes seguem até o Tribunal de Justiça.
Minas Gerais
Em Belo Horizonte, os servidores em greve se reunirão diante da Cidade Administrativa. Às 14h, ocorre uma manifestação contra a privatização no aeroporto de Confins. Os trabalhadores também promoverão atos e assembléias diante da porta das empresas.
Pará
Em Belém, o ato começa às 9h, na Praça Dom Pedro II, em frente à Assembléia Legislativa. A seguir, os manifestantes seguirão em marcha até a Praça da República.
Paraíba
Nos dias 5 e 6, os trabalhadores de todas as categorias estarão juntos com os urbanitários do setor de água e esgoto da Campina Grande e João Pessoa na paralisação com indicativo de greve. Também se juntarão à manifestação os funcionários em greve da Universidade Federal da Paraíba. À tarde, acontecerá panfletagem no Parque Solano Lucena e no terminal rodoviário, além de panfletagem na Praça da Bandeira, em Campina Grande. Em João Pessoa e Campina Grande também haverá assembleia nas portas das fábricas pela manhã.
Paraná
Nos dias 4 e 5 acontece panfletagem nos terminais de ônibus. No dia 6 é a vez do ato da educação na Boca Maldita, centro de Curitiba. Às 14h, ocorre um ato no Ministério do Trabalho contra a terceirizações e contra o imposto sindical. Depois, as mobilizações acontecem diante do INSS e dos Correios. A mobilização termina na Universidade Federal do Paraná. Também ocorrerão manifestações em Umuarama, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.
Pernambuco
A concentração para o ato ocorre na Praça Osvaldo Cruz, em Recife. A seguir, os manifestantes partem em caminhada pelas ruas de Boa Vista.
Piauí
A manifestação acontece na Praça do Rio Branco, às 8h. Com participação de bancários e de trabalhadores do centro comercial, que iniciam campanha salarial, ao lado dos servidores da saúde e da educação em greve, seguem para o Palácio do governo.
Rio Grande do Norte
Em Natal, a manifestação ocupará a frente do governo estadual. Às 8h, em Mossoró, os trabalhadores promoverão uma carreata. Um debate na sede da CUT-RN também discutirá os temas da mobilização.
Rio Grande do Sul
Os sindicatos em negociação coletiva farão panfletagem na porta das fábricas. Às 10h, os trabalhadores se concentrarão no Parque da Harmonia para uma caminhada até o Ministério do Trabalho pela redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário. A seguir, partem para o Ministério da Fazenda. Outros atos ocorrem em Pelotas, Santa Cruz e Vale dos Sinos.
Rio de Janeiro
No Rio, uma passeata com concentração na Candelária, às 16h, tomará a avenida Rio Branco até a Cinelândia, com grande participação de servidores públicos federais em greve.
Rondônia
A passeata começa às 9h, na avenida Sete de Setembro, com concentração diante do Palácio do Governo. Em seguida, a mobilização segue para a frente dos Correios. Já os rurais irão paralisar as atividades nas fábricas de laticínios.
São Paulo
Na capital paulista, a concentração ocorre às 9h, na Praça da Sé. Trabalhadores de 17 regiões seguirão em marcha até a Praça do Patriarca.
Santa Catarina
Depois de a Marcha dos Catarinenses tomar conta de Florianópolis nos dias 30 e 1º de julho. No dia 6, os trabalhadores de Joinville, Blumenau e Florianópolis realizarão panfletagens pela cidade.
Sergipe
À tarde, os trabalhadores e diversas entidades dos movimentos sociais se reúnem diante do Tribunal de Justiça.
Tocantins
Pela manhã, os trabalhadores ocuparão a avenida JK, próxima ao Palácio do Governo. À tarde, é a vez da concentração em Palmas, a partir das 16h
segunda-feira, 4 de julho de 2011
LAMBANÇA GERAL NO GOVERNO MUNICIPAL DE SP
Câmara Municipal de São Paulo aprova reajuste no salário de prefeito e secretários
Ministério Público
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Acordo final com as teles traz condições inaceitáveis e explicita limites do regime privado
Terminou ontem, 30 de junho, a novela que se arrastava desde o início do ano: o governo fechou o acordo com as teles, publicou o PGMU e a minuta dos novos contratos com as empresas de telefonia fixa. Em meio a grande alarde no anúncio das medidas, quem ouvisse apenas as declarações públicas e a entrevista coletiva dada pelo Ministro poderia concluir que se chegou a um acordo razoável: 1 Mbps a 35 reais em todo o país e meta de oferta de 5 Mbps em larga escala até 2015.
No final da noite do dia 30, contudo, surgiram as notícias de que há uma série de limitações no serviço que será oferecido nessa condição. As letras miúdas do termo de compromisso revelaram que o anúncio feito horas antes poderia ser caracterizado como propaganda enganosa. Se, por um lado, é muito positivo que famílias com menos recursos financeiros tenham condições mais favoráveis para acessar o serviço, por outro é muito ruim que para elas reste uma internet de segunda categoria.
Claramente havia opções melhores. O governo poderia determinar que a banda larga fosse tratada como um serviço público – como são água, luz etc. Seriam estabelecidas metas de universalização, a tarifa seria controlada e a continuidade do serviço seria garantida. Porém, o governo preferiu a opção que não exigia planejamento a longo prazo e que era mais confortável para as empresas. A banda larga segue sendo um serviço prestado em regime privado, onde não há obrigações de universalização, os preços são livres e não há obrigações de continuidade. Melhor para as empresas, pior para os cidadãos.
Limites
Os limites do pacote negociado com as teles evidenciam as poucas garantias dadas ao usuário no regime privado. O pacote de 1 Mbps a 35 reais por mês será oferecido em tecnologia fixa ou móvel, dependendo da disponibilidade, e atingirá todos os municípios que tem rede de telefonia fixa até 2014. Contudo, foram determinadas as seguintes limitações nesses pacotes:
franquia de download – os usuários terão franquias crescentes (para a Telefônica, elas começam em 300 Mb por mês na rede fixa e 150 Mb na rede móvel; para a Oi, começam em 600 Mb). Até 2014, esse valor chegará a 1 Gb e 500 Mb. Concretamente, 1 Gb equivale a menos de um filme baixado por mês. Após o uso dessa franquia, a operadora poderá reduzir temporariamente a velocidade do serviço. Esse limite condiciona completamente o uso da internet e impede o uso pleno do serviço;
Limite de velocidade de upload – até 128 kbps – é apenas duas vezes a velocidade de uma conexão em linha discada e na prática vai dificultar que o usuário publique fotos, vídeos etc.;
venda casada – embora o ministro tenha afirmado que o pacote de 35 reais não estaria condicionado à venda casada, o termo de compromisso permite essa prática na banda larga fixa, com teto de 65 reais para o pacote. O pacote de 35 reais sem venda casada só é obrigatório na banda larga móvel.
É lamentável que o anúncio público do acordo tenha sido feito sem nenhuma referência a essas limitações, e que tenham sido utilizadas comparações com preços médios atuais (cerca de R$ 70, segundo o ministro) sem levar em conta que os pacotes medidos não têm limites de utilização. Pior ainda foi a negação, durante a coletiva, de que o pacote popular estaria atrelado a qualquer tipo de venda casada. Como explicado acima, a prática, proibida pelo Código de Defesa de Consumidor, é liberada para a banda larga fixa.
Além disso, na prática, os 1 Mbps negociados serão diminuídos tão logo o consumidor atinja os baixos limites previstos. Mais do que isso, a velocidade efetivamente entregue pela empresa já pode ser, de cara, bem mais baixa em comparação à anunciada, afetando a qualidade do serviço.
Qualidade e formas de sanção
Esta questão da qualidade, sobre a qual a campanha Banda larga é um direito seu! vinha expressando preocupação, demorou bastante para entrar na pauta das negociações e terminou descoberta. As definições ficaram para os regulamentos de qualidade da banda larga fixa e móvel, a serem definidos pela Anatel até outubro. Por um lado, essa decisão poderá garantir que essas referências valham para todos os serviços (não apenas os das operadoras que entraram no acordo), mas por outro deixa incertezas sobre os parâmetros que serão utilizados e em que prazo serão adotados.
Também inaceitável é a questão das sanções, que podem ser transformadas em investimentos em áreas economicamente não atrativas. Na prática, as empresas podem trocar o não cumprimento de metas determinadas no termo de compromisso por expansão de sua própria rede. Essa é mais uma evidência da impossibilidade de se garantir políticas públicas deste porte por meio do frágil instrumento do termo de compromisso.
Em meio a esses aspectos negativos, restou um aspecto positivo, que foi objeto de reivindicação da campanha Banda Larga é um direito seu!: o governo mudou a indicação da Anatel que previa, no PGMU-III, a possibilidade de as empresas descontarem do ônus que pagam pela concessão os custos que não fossem economicamente retornáveis para atingir as metas de universalização da telefonia fixa. Se mantida, ficaria aberta a possibilidade de recursos públicos custearem a expansão privada.
Outro aspecto que poderia ser considerado positivo é o fato de a faixa de 450-470-Mhz não ter sido entregue às operadoras sem licitação e sem ônus. Contudo, a última versão do PGMU-III condiciona o cumprimento de metas da telefonia rural à licitação dessa faixa, e portanto isenta as teles de obrigações se esse processo não avançar. Assim, as metas relacionadas às áreas rurais ficam dependentes de um processo incerto.
Limites evidentes
O acordo, acima de tudo, revela os limites da negociação no regime privado. Se adotado o regime público – opção descartada pelo governo – seriam impostas às empresas privadas metas de universalização constantemente atualizadas e controle permanente de tarifas para a banda larga, e haveria instrumentos regulares de acompanhamento e cobrança. Assim, o acesso das classes mais baixas ao serviço, que começa limitado e discriminatório, poderia ser de fato ampliado em condições bem melhores.
O resultado obtido é expressão de um processo precário, dependente de instrumentos frágeis, com ajustes sendo feitos ainda enquanto os resultados eram anunciados. A negociação deste acordo foi feita tendo as empresas praticamente como as únicas interlocutoras. A sociedade civil foi ouvida oficialmente apenas uma vez, e não foi chamada a opinar sobre nenhuma das questões que se concretizaram no termo de compromisso. Este documento, aliás, ainda não foi tornado público. O processo desconsiderou as resoluções da I Conferência Nacional de Comunicação, e o Fórum Brasil Conectado, que agrupava os diversos setores envolvidos e interessados no tema, não foi convocado uma única vez este ano.
Embora a negociação recém-encerrada condicione muito do que poderá ser feito nos próximos anos, a campanha Banda Larga é um direito seu! seguirá lutando por uma banda larga barata, de qualidade e para todos. Para nós, a universalização do serviço é uma meta que deve continuar sendo perseguida. Ela passa pela adoção do regime público, pelo fortalecimento da Telebrás, e pela garantia de parâmetros que deem a todo cidadão condições de acesso pleno a internet, independentemente do lugar onde vive ou de sua condição socio-econômica.
FONTE: CAMPANHA BANDA LARGA É UM DIREITO SEU