É de enojar qualquer cidadão honrado e consciente, as atitudes e o comportamento de um indivíduo que ocupa um mandato em instituição parlamentar deste país. Abaixo, reproduzo matéria que corrobora a necessidade de conscientização e informação do povo brasileiro, no momento do voto nas urnas. (Wagner Marins)
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Deputado Jair Bolsonaro diz que
"está se lixando" para movimento gay
"está se lixando" para movimento gay
Mais uma vez envolvido em polêmicas por suas frases consideradas racistas e homofóbicas, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou nesta quarta-feira (30) que está “se lixando” para o movimento gay e voltou a dizer que não quis ofender a cantora e apresentadora Preta Gil.
“Estou me lixando para esse pessoal aí [do movimento gay]. Eles criaram agora a Frente Parlamentar de Combate à Homofobia, a frente gay. O que esse pessoal tem a oferecer para a sociedade? Casamento gay? Adoção de filhos? Dizer para vocês que são jovens que, no dia em que vocês tiverem um filho, se for gay, é legal e vai ser o ‘uhuhu’ da família? Esse pessoal não tem nada a oferecer”, declarou ao chegar ao velório do ex-vice-presidente da República, José Alencar, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Bolsonaro afirmou não temer a representação encaminhada ontem pela OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil - seção do Rio de Janeiro), à Corregedoria-Geral da Câmara dos Deputados, para que seja aberto processo contra ele por quebra de decoro parlamentar nas declarações que fez em relação à população negra e aos homossexuais no programa CQC de TV Bandeirantes desta última segunda-feira (28).
“O que eu entendi da Preta Gil, por Deus que está no céu, é como eu reagiria caso meu filho tivesse um relacionamento com gay. Todo mundo que quiser entrar com processo é justo. Ela, por exemplo, que exemplo ela tem de vida para dar para todos nós para cobrar ética? No blog dela está escrito lá que ela já participou de atos sexuais com outras mulheres, ela participa – palavras dela lá – de suruba”, disse o parlamentar. “O que eu tenho contra ela? Nada contra ela. Nunca gostei dela, é direito meu. Não vejo que ela tem credibilidade para falar em ética”, completou.
“O que eu entendi da Preta Gil, por Deus que está no céu, é como eu reagiria caso meu filho tivesse um relacionamento com gay. Todo mundo que quiser entrar com processo é justo. Ela, por exemplo, que exemplo ela tem de vida para dar para todos nós para cobrar ética? No blog dela está escrito lá que ela já participou de atos sexuais com outras mulheres, ela participa – palavras dela lá – de suruba”, disse o parlamentar. “O que eu tenho contra ela? Nada contra ela. Nunca gostei dela, é direito meu. Não vejo que ela tem credibilidade para falar em ética”, completou.
Além da Corregedoria, a Comissão de Direitos Humanos da Casa pediu ontem (29) que o caso fosse investigado. Já na Comissão de Ética da Câmara, o próprio deputado entrou com um requerimento para “tirar as dúvidas” sobre o que quis dizer no programa televisivo.
“Racismo e homofobia proclamados por parlamentar são claro abuso de prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional. Pode dar cassação de mandato. Daí o pedido de sindicância urgente sobre o dito pelo deputado, protocolado por 19 deputados na Presidência da Casa, ontem à noite. A Corregedoria precisa agir, já! Não descartamos ir ao Conselho de Ética, caso haja morosidade”, disse líder da bancada do PSOL na Câmara dos Deputados, Chico Alencar (RJ).
Frente LGBT
A Frente Parlamentar Mista pela Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), relançada ontem, na Câmara dos Deputados, já teve como primeiro debate as declarações do deputado reeleito pelo Rio de Janeiro.
O grupo, formado por 171 deputados e senadores, terá como objetivo analisar propostas sobre igualdade de direitos para todos os cidadãos.
Deputados que “se lixam”
Bolsonaro não foi o primeiro a dizer mais recentemente o termo em afirmações controversas. O deputado reeleito Sergio Moraes (PTB-RS) disse há dois anos que estava “se lixando para o opinião pública” por defender na época outro parlamentar (Edmar Moreira), que ficou conhecido como “deputado do castelo” – por ser dono de uma casa em Minas Gerais, avaliada em R$ 25 milhões e não declarada na Receita Federal.
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