sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dilma Rousseff sanciona salário mínimo de R$ 545


A presidenta Dilma Rousseff sancionou nesta sexta-feira (25), sem alterações, o projeto de lei que fixa o salário mínimo em R$ 545. Segundo o Palácio do Planalto, a decisão será publicada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira e novo valor já entrará em vigor no 1º de março.
Em mais uma vitória fácil do governo Dilma, o Senado aprovou na última quarta-feira o projeto de leique já havia passado na Câmara. Os senadores rejeitaram, por 55 votos a 17 e 5 abstenções, a emenda que elevava o valor para R$ 600. Em seguida, rejeitaram a emenda que eleva o valor para R$ 560 por 54 a 19 e 4 abstenções.
Os senadores rejeitaram, ainda, o destaque proposto pela oposição sobre o artigo 3º do projeto, que concede ao governo o direito de realizar novos reajustes por decreto até 2015. O destaque foi derrotado por 54 a 20, e 3 abstenções.
oposição promete contestar no Supremo Tribunal Federal (STF) questionar a validade do artigo, que prevê reajustar o salário mínimo por decreto presidencial. A matéria estabelece que o Executivo deve elaborar o decreto com o reajuste baseado na recomposição da inflação e na variação do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. O governo classificou o projeto como uma política de valorização do salário mínimo.
Nesta sexta-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) emitiu parecer em que se manifesta favoravelmente ao reajuste do salário mínimo por meio de decreto presidencial entre 2012 e 2015.
Em entrevista ao iG, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também se manifestou a favor do decreto e se disse “espantado” com a decisão dos partidos de recorrer ao STF.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ministério Público: Big Brother é um grande desserviço


O Ministério Público Federal apoiou a nota divulgada na última quinta-feira (17) pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em que a entidade condenava o "baixo nível moral" dos reality shows. Para o MP, o Big Brother Brasil (BBB), que intergra a programação da TV Globo, presta um grande desserviço à sociedade.

O subprocurador-geral da República, Aurélio Rios, que está respondendo interinamente pela Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), informou que "há várias iniciativas de procuradores da República em todos os Estados" em relação ao Big Brother Brasil, um dos principais alvos das críticas.

"Achamos que (a atração) é um grande desserviço e serve muito à deseducação. Não estimula a criação, o princípio de solidariedade, os valores éticos da pessoa e da família", afirma o procurador, que acha inapropriada a classificação indicativa do reality show.

"Na minha opinião, apenas a minha opinião, não deveria ser para 14, mas para 18 anos".

Na nota, a CNBB exortou "a todos no sentido de se buscar um esforço comum pela superação desse mal na sociedade, sempre no respeito à legítima liberdade de expressão, que não assegura a ninguém o direito de agressão impune aos valores morais que sustentam a sociedade". A entidade fez ainda um apelo ao Ministério Público, pedindo "uma atenção mais acurada no acompanhamento e adequadas providências em relação à programação televisiva".

Em dezembro de 2010, a PDFC encaminhou à diretoria da Rede Globo de Televisão recomendação para que fossem respeitados, na 11ª edição Big Brother Brasil, os direitos constitucionais.

O documento, uma espécie de alerta, foi motivado por reclamações direcionadas a outras edições do reality show. Para se ter uma ideia, só BBB10 foi alvo de 400 denúncias, como homofobia, incitação à violência, apelo sexual, inadequação no horário de exibição e violação da dignidade da pessoa humana.

Na recomendação, a PFDC pedia que a TV Globo adotasse "medidas preventivas necessárias para evitar a veiculação de práticas de violações de direitos humanos, tais como tratamento desumano ou degradante, preconceito, racismo e homofobia".

De acordo com Rios, a emissora, que tinha prazo de 30 dias para responder à solicitação, ainda não se manifestou. "Vamos pedir justificativa sobre porque não foi respondido e sobre porque não foi tomada nenhuma providência". Confira a entrevista.

Terra Magazine: A CNBB fez um apelo ao Ministério Público, pedindo "uma atenção mais acurada no acompanhamento e adequadas providências em relação à programação televisiva". A entidade vai responder ao pedido da CNBB?
Aurélio Rios: Primeiro, concordamos inteiramente com a CNBB no sentido de que ao Ministério Público cabe o acompanhamento destes conteúdos programáticos, especialmente, dentro da ideia de que isso fere direitos humanos, sobretudo, das crianças e dos adolescentes. A PFDC está de acordo com o conteúdo da nota. Nós temos, sim, este papel de fiscalizar, como estamos fazendo. Mandamos uma recomendação específica para a Rede Globo.

Terra Magazine: Esta recomendação foi aquela encaminhada em dezembro passado, na qual a procuradoria pedia para que fossem respeitados na 11ª edição Big Brother Brasil os direitos constitucionais. A emissora tinha prazo de 30 dias para resonder. A recomendação foi respondida?
Aurélio Rios: A emissora não respondeu e estamos reiterando o ofício, pedindo, inclusive, providências a respeito disso. O primeiro deles é que fosse observada a autorregulamentação dirigida às próprias emissoras, especialmente, em relação a esse reality show chamado Big Brother Brasil. Achamos que é um grande desserviço e serve muito à deseducação. Não estimula a criação, o princípio de solidariedade, os valores éticos da pessoa e da família.

Terra Magazine: Na edição anterior do Big Brother, foram mais de 400 denúncias contra a atração. O Ministério Público pretende tomar alguma providência em relação à edição atual?
Aurélio Rios: Na verdade, já estamos tomando várias providências. Há várias iniciativas de procuradores da República em todos os Estados. O que nós, na PFDC, estamos fazendo é centralizando as informações, de modo que possamos ter uma atuação mais integrada.

Obviamente, não só em relação à emissora TV Globo, como em relação a todas as outras, porque os reality shows, infelizmente, se disseminaram nas emissoras de canal aberto. Isso tem sido uma preocupação de todos os procuradores da República que atuam na defesa dos direitos humanos, especialmente, na defesa da criança e do adolescente.

Terra Magazine: Como o Ministério Público interpretou o fato de a TV Globo não ter respondido à recomendação?
Aurélio Rios: Na nossa opinião, o prazo já foi vencido. Vamos pedir justificativa sobre porque não foi respondido e sobre porque não foi tomada nenhuma providência. No caso de uma recomendação, não há uma penalidade, mas eu entrei com um mandado de segurança para que as crianças e adolescentes do Acre, de Rondônia, do Amapá, do Amazonas pudessem também ter respeitada sua faixa etária. Especialmente no horário de verão, programas que são próprios para a transmissão às 22h estavam passando às 19h nesses Estados. Um horário em que, muitas vezes, os pais não estão em casa e não têm como desligar a televisão.

Este mandado de segurança foi deferido por unanimidade pelos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Então, já há uma ordem em relação ao Ministério da Justiça para que seja obedecida a classificação indicativa, independentemente do fuso horário, porque programas como esse Big Brother não são indicados para menores de 14 anos.

Terra Magazine: O MPF tem fiscalizado a atual edição do BBB? Observaram se há ou não a ocorrência dos mesmo problemas verificados nas edições anteriores?
Aurélio Rios: Qualitativamente, não mudou nada. Estamos confirmando uma dificuldade de entendimento em relação às emissoras, especialmente, as de canal aberto. Isso terá alguma consequência. Temos um grupo específico que tem trabalhado com a questão da classificação indicativa.

Há também uma preocupação com os conteúdos programáticos, o que não significa censura prévia, qualquer intervenção dentro do meio, mas apenas uma forma de ressalvar os direitos das crianças e dos adolescentes e das famílias, dos pais que estão realmente atormentados com sua falta de defesa com relação a esse baixíssimo nível no conteúdo apresentado.

Tanto não estamos com nenhum viés de censura prévia que achamos que esses programas deveriam passar, mas depois da meia-noite, e não na hora que passam e sem respeitar o fuso horário. Obviamente, o melhor dos mundos seria as próprias emissoras fizessem as correções de conteúdo. São realmente programas de baixíssimo nível e sem nenhum conteúdo pedagógico.

Compreendo que, dentro da liberdade de expressão, não é tudo que achamos necessário, moralmente aceitável, que deva ser divulgado pela televisão. Compreendo que até coisas que nos pareçam asquerosas ou inaceitáveis possam passar, mas isso em horários bastante restritos. Acho que o grau de apelação é incompatível com a classificação indicativa. Achamos que, inclusive, essa classificação deveria aumentar de escala.

Terra Magazine: Qual deveria, na opinião do senhor, ser a classificação indicativa do BBB?
Aurélio Rios: Na minha opinião, apenas a minha opinião, não deveria ser para 14 anos, mas para 18 anos. Vamos lutar para que haja, por parte das emissoras, mudança de conteúdo. Se não houver mudança, vamos lutar para que a classificação indicativa seja realmente destinada apenas a maiores de 18 anos e, em qualquer situação, que seja respeitado o fuso horário quando houver uma classificação indicativa.

Fonte: Terra Magazine

domingo, 20 de fevereiro de 2011

FESTA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO!


Deputados de São Paulo usam verba de gabinete para pagar parentes




Na Folha de S.Paulo deste domingo, uma reportagem de Silvio Navarro e Fernando Gallo denuncia deputados daquele estado usando verba de gabinete para pagar parentes.

Se cutucarem mais um pouco e olharem para as outras assembleias legislativas do país, tenho certea (absoluta) que imoralidades similares serão encontradas.

Mas leiam por enquanto o que escreveram os jornalistas:

Três deputados estaduais paulistas repassaram a familiares no ano passado parte do dinheiro que seus gabinetes na Assembleia Legislativa recebem para apoiá-los no exercício de seus mandatos.

Os três usaram a verba para cobrir despesas com o aluguel de imóveis que pertenciam a seus parentes e onde eles dizem ter mantido escritórios no interior do Estado.

Cada deputado estadual de São Paulo teve direito em 2010 a uma verba de até R$ 20,5 mil para manter escritórios políticos fora da Assembleia, encomendar estudos e contratar consultorias, entre outras despesas.

Levantamento feito pela Folha mostra que no ano passado os 94 deputados estaduais paulistas gastaram R$ 17 milhões dos R$ 23 milhões que seus gabinetes estavam autorizados a utilizar com esse tipo de despesa.

Oito deputados usaram toda a verba a que tiveram direito. Dois, João Barbosa (DEM) e José Augusto (PSDB), abriram mão do benefício e não gastaram nada. Neste ano, a verba assegurada aos gabinetes foi reajustada para R$ 21,8 mil por mês.

Desde julho de 2009, a Assembleia Legislativa publica todo mês na internet informações detalhadas sobre o uso feito pelos deputados estaduais desses recursos, incluindo o valor de cada pagamento, os beneficiários e a natureza das despesas.

Pedro Tobias (PSDB), um dos três deputados que repassaram dinheiro para parentes, transferiu R$ 27 mil do seu gabinete para três sobrinhos, de acordo com os registros da Assembleia Legislativa. Cada sobrinho recebeu R$ 1.000 por mês.

Segundo o deputado, seus sobrinhos são proprietários de uma casa em que ele manteve até recentemente um escritório político em Bauru, a 329 quilômetros da capital.

Tobias diz que pagou aluguel aos sobrinhos durante mais de dois anos, até mudar de escritório no ano passado.

Favorito para presidir a seção paulista do PSDB a partir de abril, Tobias foi reeleito com 198 mil votos na campanha do ano passado e assumirá no mês que vem seu quarto mandato na Assembleia Legislativa.

O deputado Roberto Massafera (PSDB), reeleito com 81 mil votos e com base eleitoral em Araraquara, a 273 quilômetros da capital, pagou mensalmente R$ 1.650 à Lacon Engenharia, empresa que pertence a seu irmão Carlos Eduardo.

Massafera usou um imóvel da Lacon para montar um escritório que funcionou na cidade durante um ano.

Ele diz ter decidido mudar de endereço quando seus adversários na política local começaram a espalhar a informação de que ele usava o imóvel do irmão como escritório político.

Eli Corrêa Filho (DEM), que cumpriu três mandatos na Assembleia e acaba de assumir seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, pagou R$ 4.650 por mês ao sogro, o empresário Francisco Assis de Almeida, para manter seu escritório político em Guarulhos.


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DITADURA E TIRANIA EM SÃO PAULO!

PM intervém em protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em SP e agride vereadores


O governante das elites, resquício da arrogância e truculência que o infeliz do José Serra nos deixou de herança em São Paulo, mais uma vez deu mostras de tirania e ditadura.

Por DECRETO, Gilberto (Nun)Kassab aumentou a tarifa de ônibus em 11%, índice bem acima da inflação do período. É a tarifa MAIS CARA do país.

Esse ato tirano é uma afronta à democracia, aos direitos dos cidadãos e, o que é pior, reprimindo os protestos do povo através dos cacetetes da PM do Estado.

Ainda há neste país traços de ditadura daqueles que não aceitam e ignoram a vontade popular, a dignidade, a justiça social.

Até quando ficaremos omissos diante dos desmandos e da desfaçatez desses porcos que ainda chafurdam na lavagem da exclusão social?

Nos últimos 8 anos esse mesmo povo foi lembrado e respeitado, no resgate da cidadania e direitos sociais. Por isso, é inaceitável que essa tirania retalhada ainda continue a abalar os alicerces da democracia brasileira.

FORA, CAMBADA!

Wagner Marins.




quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Presidenta cumpre da primeira promessa de campanha


Publicado em 04/02/2011

O início da tarde desta quinta-feira (3/2) foi definido pela presidenta Dilma Rousseff como o momento de honrar um compromisso assumido durante a campanha eleitoral. Em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), a presidenta anunciou o início da distribuição gratuita de medicamentos contra hipertensão e diabetes por meio do programa Aqui Tem Farmácia Popular, medida que beneficiará mensalmente 960 mil pessoas.

“Eu decidi que é um dever do Estado brasileiro proporcionar a todos as condições de acesso regular e seguro aos medicamentos requiridos. Hoje, no momento em que meu governo completa um mês, eu tenho a satisfação de honrar esse compromisso que eu assumi”, comemorou.

Ao apontar dados referentes às duas doenças, a presidenta enfatizou que desde que tratados, os portadores de diabetes e hipertensão podem levar uma vida normal e ativa e que, nesse sentido, o governo trabalha para que o tratamento não seja interrompido. Além disso, lembrou a presidenta, a distribuição de tais medicamentos por meio da rede de farmácias particulares irá desonerar o Sistema Único de Saúde (SUS).

“Essas duas doenças prejudicam cada vez mais a saúde de homens e mulheres em nosso país. Em 2009, para a gente ter uma ideia, elas juntas foram responsáveis por 34% do total de óbitos no Brasil. Cerca de 30% da população adulta nem sabe que possui diabetes ou hipertensão”, afirmou.

Após a cerimônia, a presidenta Dilma Rousseff concedeu uma rápida entrevista aos jornalistas e afirmou que “no primeiro mês [de governo] foi muito trabalho e acredito que é uma indicação da quantidade de trabalho que terei nos próximos”.

Portaria

O evento marcou também o anúncio do credenciamento da drogaria de número 15 mil no Aqui Tem Farmácia Popular, que atualmente beneficia, por mês, cerca de 1,3 milhão de pessoas em todo país. Na ocasião, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou a portaria que regulamenta a distribuição gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes, bem como estabelece o prazo máximo — até o dia 14 deste mês – para que as farmácias conveniadas se adaptem às novas regras.

De acordo com o Ministério da Saúde, o orçamento anual do programa Aqui Tem Farmácia Popular é de R$ 470 milhões, e o impacto dessa nova medida será definido com base nas informações do sistema de gerenciamento do programa.

Presente em mais de 2,5 mil municípios, o programa Farmácia Popular foi criado em 2004 com o objetivo de oferecer medicamentos essenciais a um baixo custo para a população, melhorando o acesso e beneficiando uma maior quantidade de pessoas. Os medicamentos podem ser adquiridos na rede “Aqui Tem Farmácia Popular”, onde o cidadão deve apenas apresentar um documento com foto, CPF e a receita médica para ter acesso ao benefício.

Fonte: Blog do Planalto