Na noite desta quarta-feira (10), a presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participaram de um comício em Belém, no estado do Pará. Em seu discurso, Dilma mais uma vez assumiu o compromisso de colocar as pessoas como prioridade em seu próximo mandato. “O que nos interessa são quantos empregos geramos nos últimos anos sem arrocho de salário. Interessa que valorizamos o salário mínimo pela primeira vez acima da inflação”, afirmou Dilma.
A presidenta exaltou o desempenho do Brasil no relatório do Banco Mundial sobre os efeitos da crise sobre os países do G20, que contabilizada cerca de 100 milhões de desempregados, que aponta Brasil e China como principais países geradores de empregos do mundo. “Uma coisa que conseguimos foi manter a menor taxa de desemprego de toda a nossa história, e nós vamos continuar criando empregos, apesar dos pessimistas”, garantiu Dilma.
PetrobrasAo defender a Petrobras, Dilma ressaltou que a empresa não pode ser avaliada pelos erros que alguns integrantes cometem. “A Petrobras é a maior empresa desse país. E como em qualquer empresa do tamanho da Petrobras, tem gente que age certo e gente que age errado. É uma empresa grande, com tecnologia e trabalhadores competentes que conseguiram extrair 540 mil barris por dia em menos de 8 anos, quando em outra época levamos 31 anos para tirar 540 mil barris”.
Ao citar a Lei aprovada no congresso que destinou 75% dos royalties do petróleo para a Educação e 25% para a Saúde, Dilma reiterou a exploração do Pré-Sal como caminho para o desenvolvimento, mais conquistas sociais e investimentos em ciência e tecnologia. “É 1 trilhão e 300 bilhões de reais para fazer creche paras nossas crianças, dar educação em tempo integral e pagar professor, porque sem professor não tem educação de qualidade”.
Mais infraestruturaDilma destacou o caráter estratégico dos investimentos em infraestrutura que estão sendo realizados no Pará. “Amanhã sai o edital do projeto básico, executivo e das ações ambientais para a contratação da empresa que vai construir o canal nos Pedrais do Lourenço e garantir hidrovia que mudará a cara do estado”. Em seguida, citou a ferrovia entre de Açailândia (MA) e Barcarena (PA), no caminho da Norte-Sul e da ferrovia que liga Sinop, no Mato Grosso (MT) ao município paraense de Miritituba (PA), que transformará a rota de exportação de grãos do país, que deixará de sair pelo Sul, para ser exportada pelo Norte.
“Quero vir aqui quando inaugurarem Belo Monte, ver o barco passando na hidrovia Tocantins, ver a BR-163 funcionando e ver também mais Minha Casa Minha Vida. Se nós já fizemos 156 mil casas aqui no Pará, juntos vamos fazer muito mais”.
Bancos públicosDilma voltou a demonstrar preocupação com as propostas apresentadas por outros candidatos em reduzir a importância dos bancos públicos. “É preciso manter os investimentos dos bancos públicos. Quero ver como fazer o Minha Casa Minha Vida se diminuir o papel da Caixa, do Banco do Brasil e do BNDES. Não farão. Nesse palanque, temos compromisso com mais pobres desse país, com os trabalhadores, pequenos empresários, agricultores e a favor da indústria. Acabar com banco público acaba com agricultura com a indústria”, apontou.
Pressão do cargoSobre a postura dos candidatos de oposição, Dilma criticou a falta de firmeza diante de pressões e o despreparo para lidar com críticas negativas. “Não somos do tipo que muda de lado. Pode pressionar. Presidente recebe pressão todos os dias. Quem não tem força e determinação não aguenta um twitter, quanto mais uma manchete negativa ou alguém falando mal. Não é que a gente seja cabeça dura, mas é preciso usar as críticas para crescer”.
Lula convoca militânciaEm seu discurso, o ex-presidente Lula lembrou os avanços pelos quais o Brasil passou em seu governo e no governo da presidenta Dilma. “Eles estão aí a falar mal da Dilma, estão aí a prometer um futuro que eles não sabem o que é. Nós não estamos prometendo um futuro, temos coisas realizadas, e o povo sabe o que era esse país 12 anos atrás. Em apenas 12 anos construímos mais casa popular do que eles construíram em 50 anos”, comparou Lula.
O ex-presidente também chamou a militância para sair às ruas em nome das conquistas alcançadas nos últimos 12 anos. “Precisamos sair daqui com tarefas concretas. Não basta dizer que vai votar na Dilma. Precisamos ir nos botecos, nas igrejas, feiras, bancos e mostrar que as pessoas não podem jogar foram aquilo que construímos com suor e sangue. Não tem trégua. Nós temos que trabalhar, e trabalhar muito”.
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