sábado, 26 de novembro de 2011

77% DOS CONGRESSISTAS IGNORAM E-MAILS DE ELEITORES

SEMPRE FOMOS IGNORADOS!
Somos lembrados apenas em época de eleições.

Wagner Marins


Só 25% têm sites e publicam comentários de internautas...

...pesquisa mostra Câmara e Senado distantes do mundo online.


Extensa pesquisa feita pela agência digital Medialogue sobre como os senadores e os deputados federais se comportam na internet mostra que a maior parte do Congresso Nacional ainda vive num mundo analógico.
Foi realizado um teste: cada senador e cada deputado recebeu um e-mail com perguntas sobre como encontrar mais informações sobre o seu trabalho na internet, como gastos de gabinete, agenda oficial e outros endereços de contato.

Dos 81 senadores, apenas 11 (14% do total) se dispuseram a dar alguma satisfação. Dos 513 deputados, só 124 (24% do total) responderam. Ou seja: dos 594 políticos que compõem o Congresso Nacional, 77% ignoram mensagens de interessados em seu trabalho.

Entre os 135 que responderam aos e-mails, apenas 63 o fizeram no mesmo dia. Outros 53 responderam em menos de uma semana, e 19 demoraram uma semana ou mais.

Quando se trata de interagir com os eleitores via internet as coisas também não são muito positivas. Dos 459 congressistas que possuem sites em funcionamento (69 senadores e 390 deputados), apenas 152 permitem a publicação de comentários dos eleitores. Outros 307 optam por uma comunicação de via única: eles falam e escrevem e os internautas só podem ouvir ou ler –mas não opinar.

Mais notícias desalentadoras quando o assunto é transparência dos gastos de gabinete: 83% dos congressistas não dão essas informações em seus sites.

E blogs? Só 158 congressistas entraram na blogosfera e têm blogs. Outros 436 permanecem fora.

Medialogue é responsável pelas pesquisas “Político 2.0 – 81 senadores” e “Político 2.0 – 513 deputados federais”. Esses são os estudos nos quais estão as informações apresentadas neste post. O responsável é o jornalista Alexandre Secco. 
 
Exceções

Há, é claro, alguns congressistas que se destacam e são extremamente ativos no mundo virtual. O estudo da Medialogue tem uma tabela na qual atribui uma pontuação para cada político. 


Entre os senadores, os 15 melhores colocados são os seguintes:

Entre os deputados, os seguintes:

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A FESTA TUCANA NO ESTADO DE SÃO PAULO!


Tucanos ficam com um terço das
emendas em São Paulo


A bancada de deputados estaduais do PSDB, partido que administra o Estado de São Paulo há 16 anos, apadrinhou quase um terço (30%) de todo o montante liberado pelo governo paulista em emendas parlamentares ao Orçamento desde 2007.

No total, os tucanos conseguiram R$ 181 milhões dos R$ 615 milhões liberados pelo governo, segundo dados divulgados pela Secretaria de Fazenda do Estado.


O período envolve as gestões dos tucanos José Serra, Alberto Goldman e do atual governador Geraldo Alckmin. A liberação das verbas é feita pela Casa Civil do Estado.

Esse montante é similar ao total obtido pelas outras duas bancadas mais bem posicionadas no ranking juntas, a do PT (R$ 105 milhões) e do DEM (R$ 76 milhões).

PSDB e PT têm as maiores bancadas na Assembleia Legislativa nos últimos anos. Os tucanos somam hoje 22 cadeiras, ante 24 do PT. Em 2006, o PSDB elegeu 24, e o PT, 20.


Do total obtido pelo PT, R$ 12 milhões correspondem a emendas apresentadas em bloco, em nome da bancada, numa manobra para tentar driblar a resistência política do Palácio dos Bandeirantes.


BALANÇO
Folha.com oferecerá a partir de hoje, para livre consulta, um banco de dados com todas as emendas liberadas pelo governo paulista desde 2007.

O serviço, que organiza de forma simplificada e com fácil acesso os dados brutos divulgados pelo governo, traz os nomes dos deputados responsáveis pelas indicações, seus partidos, os municípios contemplados e quem foram os beneficiados pelas verbas.

Cada um dos 94 deputados estaduais tem um teto informal de R$ 2 milhões ao ano.

O balanço dos repasses anuais mostra, entretanto, que o pagamento das emendas tem aumentado progressivamente desde 2007, atingindo seu auge no ano eleitoral de 2010, com R$ 256 milhões.

Tradicionalmente, deputados indicam os recursos a pedido dos prefeitos aliados, para obras, custeio de entidades ou compra de equipamentos em seus redutos.