sábado, 29 de março de 2014

ESPECIAL "1964 - UM GOLPE NA DEMOCRACIA"

Recomendo a leitura, especialmente às novas gerações.
[Wagner Marins]
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Em um intervalo de três anos, ocorreram diversos fatos que resultaram na intervenção das Forças Armadas no governo brasileiro, em 31 de março de 1964.

Saiba quais foram os principais momentos que culminaram em 21 anos de Ditadura Militar.

CONFIRA O ESPECIAL DA EBC
>> http://www.ebc.com.br/cronologia-do-golpe



Fonte: Empresa Brasil de Comunicação S/A

quarta-feira, 26 de março de 2014

ATOS E EVENTOS RELEMBRAM OS 50 ANOS DO GOLPE CIVIL-MILITAR


Ao longo de abril, atos políticos e artísticos, debates e encontros discutem a deposição de João Goulart em 1º de abril de 1964 e o legado da ditadura civil-militar que durou até 1985

São Paulo – Neste ano, o golpe aplicado pelas elites econômicas do país com apoio do exército, de setores da Igreja católica e da diplomacia estadunidense contra o presidente João Goulart completa 50 anos e uma bateria de eventos políticos e culturais reforça, desde março e ao longo do mês de abril, a memória sobre o legado do ciclo autoritário que teve início em 1º de abril de 1964 e se impôs pelos 21 anos seguintes. Confira, abaixo, uma lista das atividades programadas para a data.
26, quarta* O Ministério Público Federal, o Cinusp e a Unifesp promovem, de 26 de março a 13 de abril, uma mostra de cinema e seminário. Serão exibidos 26 filmes produzidos de 1971 a 2013, com entrada gratuita, e promovidos 11 debates com diretores, atores, ex-presos políticos e historiadores. As projeções (44, no total) ocorrerão em três endereços: Cinusp (Rua do Anfiteatro, Favo 4, Cidade Universitária), Procuradoria Geral da República da 3ª Região (avenida Brigadeiro Luís Antônio, 2.020, térreo) e Centro Universitário da Maria Antônia (rua Maria Antônia, 294, 1º andar).
Programação: http://www.prr3.mpf.mp.br/ditadura-militar-noticias/1341-2014-03-18-21-00-47
27, quinta* Biblioteca Nacional – RJ10h30: O presente do passado, com Dulce Pandolfi (CPDOC-FGV)
14h: imprensa alternativa, com Bruno Brasil (BN), Maria Paula Araújo (UFRJ) e Hugo Belucco (UFF)
15h45: EUA e ditaduras no Cone Sul, com Rafaella Bettanio (BN e CPDOC), Samantha Quadrat (UFF), Norberto Ferreira (UFF) e Tatiana Poggi (UFF)
28, sexta* Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp)
Exibição do filme “O Fim do Esquecimento”, de Renato Tapajós, às 19h. Em seguida, debate com o diretor e com o ex-ministro Paulo Vannuchi, o presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, e o presidente da Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa de São Paulo, Adriano Diogo.
Debate será mediado pela socióloga Taís Freire, da Comissão da Verdade da Fespsp e do Instituto Macuco.
Rua General Jardim, 522, Vila Buarque
* Biblioteca Nacional – RJ10h: imprensa literatura, artes e censura, com Pedro Lapera (BN), Flamarion Maués (USP)e Luciana Lombardo (PUC-RJ)
14h: entre a memória e a história, com Luiz Costa Lima (PUC-RJ), Daniel Aarão Reis Filho (UFF) e Rodrigo Patto Sá Motta (UFMG)
- Auditório Machado de Assis da BN (rua México, s/n, centro do Rio)
29, sábado* Audiência pública: Ditadura e Homossexualidade no Brasil
Memorial da Resistência/SP (Largo General Osório, 66, Luz), às 14h
* Exibição do curta “15 Filhos” (Maria de Oliveira Soares e Marta Nehring) e de “Ação entre Amigos” (Beto Brant)
Cine Direitos Humanos – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo
Espaço Itaú de Cinema (Rua Frei Caneca, 596), às 11h

31, segunda* Ato diante do antigo DOI-Codi, na rua Tutoia
* O Colégio Equipe receberá o escritor Marcelo Rubens Paiva, filho de Rubens Paiva, a jornalista e educadora Elza Lobo, presa e torturada pelo exército em 1969, e a psicanalista Maria Rita Kehl, integrante da Comissão Nacional da Verdade. Os fundadores da escola reunirão os alunos na quadra “para relatar a experiência de criar uma nova prática educacional no contexto da ditadura”. O encontro com Elza e MR Kehl será aberto ao público.
Reunião com os alunos: 10h20
Debate: 20h30
- Rua São Vicente de Paula, 374, Higienópolis (3579-9150)
- Programação completa: https://www.facebook.com/ColegioEquipe?hc_location=timeline

* Memorial da Resistênciadebate com Marcelo Rubens Paiva e Vera Paiva (14h)
exibição do documentário “Memórias da Resistência” e debate com o diretor, Marco Antônio Escrivão

* Ponto de partidaPeça de Gianfracesco Guarnieri. Com Denise Fraga, Lucia Romano, Edgar Castro, Eucir de Souza, Mauricio Marques e Celso Sim. Parceria do Instituto Vladimir Herzog com a Cia Livre.
Terá outra apresentação em 3 de abril. No dia 31, contará com a participação do músico Sérgio Ricardo, autor da música original
TucArena (Rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), em São Paulo, às 21h

1º de abril, terça-feira
* Memorial da Resistência
exibição dos filmes “Em Nome da Segurança Nacional” e “Fim do Esquecimento”, seguida de debate com o diretor, Renato Tapajós (14h)
* PatéticaPeça de João Ribeiro Chaves Neto. Com Renato Borghi, Miriam Mehler, Isabel Teixeira, Élcio Nogueira Seixas e Luciano Chirólli.
TucArena (Rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), em São Paulo, às 21h

2 de abril, quarta* Ato em homenagem à resistência e luta pela democracia (várias entidades)
Teatro da Universidade Católica (Tuca) – SP, 18h
* Comissão da Justiça do Trabalho da OAB-RJ promove debate sobre relações de trabalho no golpe. Participarão o presidente da Comissão Estadual da Verdade, Wadih Damous, o desembargador do TRT do Rio Gustavo Tadeu Alkmin e o sindicalista Geraldo Cândido (18h)
Informações: 21 2730-6525 ou no e-mail cjt@oabrj.org.br
* Tenho Algo a dizer – memórias da Unesp na ditaduraMesa-redonda. Convidados: Convidados: Antônio Celso Ferreira (historiador, professor da Unesp-Assis e coordenador do Cedem/Unesp), Maria Ribeiro do Valle (socióloga, historiadora e professora da Unesp-Araraquara). Coordenação: Coordenação: Clodoaldo Meneguello Cardoso (professor de filosofia e coordenador do Observatório de Educação em Direitos Humanos-OEDH/Unesp-Bauru)
Centro de Documentação e Memória da Unesp (Praça da Sé, 108), São Paulo, às 18h30
Confira a programação completa: http://www.unesp.br/portal#!/observatorio_ses
* Patética
Peça de João Ribeiro Chaves Neto. Com Renato Borghi, Miriam Mehler, Isabel Teixeira, Élcio Nogueira Seixas e Luciano Chirólli.
TucArena (Rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), em São Paulo, às 21h
3 de abril, quinta-feira* Instituto Humanitas UnisinosMemórias da Resistência e da Solidariedade: o Movimento de Justiça e Direitos Humanoscontra as Ditaduras doCone Sul e sua Conexão Repressiva (17h30)
Palestrante: Jair Krischke
Av. Unisinos, 950 – São Leopoldo (RS) – Sala Ignacio Ellacuria 
* Peça teatral “Liberdade é Pouco”Cooperativa Paulista de Teatro, integrou em 2013 o Festival de Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo. Traz releituras de trechos de peças e músicas censuradas
Praça da Sé, SP, 19h. Até sábado (5)
3 de abril, quinta-feira* Ditadura civil-militar: memória e resssentimento
Palestra com a psicanalista Maria Rita Kehl, membro da Comissão Nacional da Verdade. Coordenação: Antônio Celso Ferreira (historiador e professor da Unesp)
Centro de Documentação e Memória da Unesp (Praça da Sé, 108), São Paulo, às 18h30
* Ponto de partidaPeça de Gianfracesco Guarnieri. Com Denise Fraga, Lucia Romano, Edgar Castro, Eucir de Souza, Mauricio Marques e Celso Sim.
TucArena (Rua Monte Alegre, 1.024, Perdizes), em São Paulo, às 21h
5 de abril, sábado* Exibição do filme “Em Busca de Iara” (Flavio Frederico)
Cine Direitos Humanos – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo
Espaço Itaú de Cinema (Rua Frei Caneca, 596), às 11h
* Diálogo intergeracional – direito à memória e à verdade ontem e hoje
Intervenções artísticas e roda de conversa entre militantes de ontem e de hoje sobre a ditadura e seus reflexos
Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo
Praça das Artes (Av. São João, 281), às 15h
8 de abril, terça-feira
* Instituto Humanitas Unisinos
Exibição e debate do Documentário Ato de Fé (Alexandre Rampazzo) - 15h
Debatedora: professoraMaria Aparecida de Aquino - FFLCH/USP
Caminhos Cruzados: Imprensa e Estado Autoritário no Brasil (19h30)Palestrante: professora Maria Aparecida de Aquino - FFLCH/USP
Programação completa: http://www.ihu.unisinos.br/eventos/agenda/410-politica-economica-brasileira-e-o-golpe-civil-militar-de-1964-contexto-e-impactos
* Resistência: imprensa alternativa e editoras de oposição
Mesa-redonda. Convidados: José Luiz Del Roio (ex- senador na Itália, escritor, radialista e membro do conselho internacional do Fórum Social Mundial), Ricardo Carvalho (jornalista, foi repórter de direitos humanos na Folhade S. Paulo, atuou na TV Cultura como diretor de jornalismo e na TV Globo como editor-chefe do GloboRepórter) e Flamarion Maués (historiador, editor de livros e foi coordenador editorial da Fundação Perseu Abramo). Coordenação: Antonio Celso Ferreira (historiador e professor da Unesp)
Centro de Documentação e Memória da Unesp (Praça da Sé, 108), São Paulo, às 18h30
9 de abril, quarta-feira* Políticas de preservação da memória
Mesa-redonda. Convidados: Fundação Mauricio Grabois, Centro de Documentação e Informação Científica da PUC-SP e Centro de Documentação e Memória Sindical da CUT. Coordenação: Centro de Documentação e Memória da Unesp e Fundação Perseu Abramo
Centro de Documentação e Memória da Unesp (Praça da Sé, 108), São Paulo, às 18h30
10 de abril, quinta-feira* Painel Desaparecimento Forçado no Brasil, com Beatriz Affonso, diretora da Cejil BrasilMidrash Centro Cultural, RJ
* Eu quero botar meu bloco na rua -homenagem a Sérgio SampaioCom Juliano Gauche, Tatá Aeroplano e Gustavo Gallo. Parceria entre a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e a Secretaria Municipal de Cultura, integra programação do Centro Cultural São Paulo
Centro Cultural (R. Vergueiro, 1.000), às 20h
12 de abril, sábado* Tom Zé – 30 anos da Campanha Diretas Já
Releitura de show realizado em 1984. Parceria entre a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e a Secretaria Municipal de Cultura, integra programação do Centro Cultural São Paulo
Centro Cultural (R. Vergueiro, 1.000), às 20h
* Exibição do filme “Travessia” (João Batista de Andrade)Cine Direitos Humanos – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo
Espaço Itaú de Cinema (Rua Frei Caneca, 596), às 11h
13 de abril, domingo* Do silêncio ao grito! Música popular brasileira x ditadura militar
Canções de resistência em diversos contextos históricos. Com direção artística de Romulo Fróes e direção musical de Kiko Dinucci e Rodrigo Campos. O show terá participação de Odair José, Ogi e Juçara Marçal, perfomance de TANQ rosaCHOQ e luz de Paulinho Fluxus. Parceria entre a Secretaria Municipal de DireitosHumanos e Cidadania e aSecretaria Municipal de Cultura, integra programação do Centro Cultural São Paulo
Centro Cultural (R. Vergueiro, 1.000), às 20h
19 de abril, sábado* Exibição do filme “Batismo de Sangue” (Helvécio Ratton)Cine Direitos Humanos – Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo
Espaço Itaú de Cinema (Rua Frei Caneca, 596), às 11h

sábado, 22 de março de 2014

EM BUSCA DE IARA

Uma das especialidades da Brazucah está na divulgação de filmes brasileiros e na formação de público para o cinema nacional. E neste ano não será diferente! Estamos envolvidos no lançamento do documentário “Em Busca de Iara”, de Flavio Frederico.
O filme resgata a história de umas das figuras mais procuradas durante os anos ditatoriais no Brasil: a de Iara Iavelberg, conhecida como a companheira de Carlos Lamarca e um dos principais nomes dos movimentos de guerrilha contra o regime militar (1964-1985).
Duas pré-estreias exclusivas já têm datas para acontecer na capital paulista. Uma será realizada, em parceria com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, no dia 18/03. Já a outra acontece no dia 26/03, no CINUSP da Cidade Universitária. Além das sessões, faremos ações de divulgação do filme em universidades e no circuito cultural de São Paulo.
Em Busca de Iara estreia nos cinemas no dia 27/03. Mais informações na página oficial do Facebook:www.facebook.com/embuscadeiara.
Sinopse
Através de uma investigação pessoal de sua sobrinha, Mariana Pamplona, o filme resgata a vida da guerrilheira Iara Iavelberg. Uma mulher culta e bela, que deixou para trás uma confortável vida familiar, optando por engajar-se na luta armada contra a ditadura militar. Vivendo na clandestinidade, na esteira de uma rotina de sequestros e ações armadas, tornou-se a companheira do ex-capitão do exército Carlos Lamarca, compartilhando com ele o posto de um dos alvos mais cobiçados da repressão. O filme desmonta a versão oficial do regime, que atribui sua morte, em 1971 a um suicídio.
Ficha técnica
Em Busca de Iara (91’)
Direção: Flavio Frederico
Produção: Kinoscópio Cinematográfica
Tags: 

FONTE>>http://blog.brazucah.com.br/noticias/brazucah-realiza-acoes-de-divulgacao-do-filme-em-busca-de-iara-de-flavio-frederico

terça-feira, 18 de março de 2014

MOSTRA DE CINEMA E SEMINÁRIO "50 ANOS DO GOLPE: O REGIME MILITAR NO CINEMA BRASILEIRO"


De 26 de março a 13 de abril 26 filmes e 11 debates terão lugar nas salas de exibição do CINUSP Paulo Emílio na Cidade Universitária, na Sala Carlos Reichenbach do Centro Universitário Maria Antônia (da USP) e no auditório da Procuradoria Regional da República da 3ª Região, tratando da efeméride que marca o início dos longos 21 anos de violência e repressão que caracterizaram a ditadura militar brasileira.

Marcando o cinquentenário do golpe militar que deu início aos 21 anos de ditadura no Brasil, a mostra e seminário busca mapear eventos e personagens marcantes desta história, reunindo filmes de diversos períodos e estilos, documentais e ficcionais, sobre o assunto, incluindo os recentes Hoje, Repare Bem, O Dia que Durou 21 Anos e Dossiê Jango, além do ainda inédito Em Busca de Iara, em sessão de pré-estreia no dia 26 de março, às 19h. 

A programação inclui ainda debates e palestras com realizadores e personagens dos filmes, pesquisadores, historiadores e ativistas, como Lúcio de Castro, Plínio de Arruda Sampaio, Ivan Seixas, Igor Fuser e Carlos Gianazzi, dentre muitos outros.

Curadoria:
Prof. Dr. Rodrigo Medina Zagni
Dr. Marlon Alberto Weichert

Comissão organizadora:
Profa. Dra. Ana Nemi
Prof. André Lopes Loula
Elson Mattos
Prof. Ms. Flávio de Leão Bastos Pereira
Prof. Ms. Heitor de Andrade Carvalho Loureiro
Henrique Figueiredo
Dra. Inês Soares
Lorena Duarte
Marcos Kurtinaitis
Prof. Maurício Orestes Parisi
Profª. Drª. Patrícia Moran Fernandes
Thiago de André

PROGRAMAÇÃO:

26/03 | quarta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
19h00 PRÉ-ESTREIA | EM BUSCA DE IARA | DEBATE COM FLAVIO FREDERICO

28/03 | sexta
MARIA ANTÔNIA
20h00 CIDADÃO BOILESEN

29/03 | sábado
MARIA ANTÔNIA
16h00 DOSSIÊ JANGO | DEBATE COM RAPHAEL MARTINELLI | TEMA: ANTECEDENTES DO GOLPE
20h00 HOJE

30/03 | domingo
MARIA ANTÔNIA
18h00 MEMÓRIAS DO CHUMBO: O FUTEBOL NOS TEMPOS DO CONDOR – URUGUAI + ARGENTINA
20h00 MEMÓRIAS DO CHUMBO: O FUTEBOL NOS TEMPOS DO CONDOR – BRASIL + CHILE

31/03 | segunda
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 VLADO: 30 ANOS DEPOIS
19h00 LAMARCA 
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
17h00 VERDADE 12.528 | O FIM DO ESQUECIMENTO

01/04 | terça
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 QUE BOM TE VER VIVA
19h00 MARIGHELLA | DEBATE COM MILTON PINHEIRO | TEMA: GUERRILHA URBANA 

02/04 | quarta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 QUASE DOIS IRMÃOS
19h00 A MEMÓRIA QUE ME CONTAM
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
17h00 O DIA QUE DUROU 21 ANOS | DEBATE COM MARLON FLÁVIO TAVARES | TEMA: OPERAÇÃO CONDOR

03/04 | quinta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 MEMÓRIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL
19h00 O APITO DA PANELA DE PRESSÃO | A EXPERIÊNCIA CRUSPIANA | DEBATE COM MARCOLÂNDIO GURGEL PRAXEDES | TEMA: MOVIMENTO ESTUDANTIL

04/04 | sexta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 CABRA-CEGA
19h00 O DIA QUE DUROU 21 ANOS
MARIA ANTÔNIA
20h00 QUASE DOIS IRMÃOS
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
11h00 MEMÓRIAS DO CHUMBO: O FUTEBOL NOS TEMPOS DO CONDOR – BRASIL + CHILE | DEBATE COM LÚCIO DE CASTRO LIRA ALLI | TEMA: FUTEBOL E DITADURA
17h00 MEMÓRIAS DO CHUMBO: O FUTEBOL NOS TEMPOS DO CONDOR – URUGUAI + ARGENTINA

05/04 | sábado
MARIA ANTÔNIA
16h00 MEMÓRIA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL | DEBATE COM CARLOS GIANNAZI | TEMA: MOVIMENTO ESTUDANTIL
20h00 A MEMÓRIA QUE ME CONTAM

06/04 | domingo
MARIA ANTÔNIA
17h00 O APITO DA PANELA DE PRESSÃO | A EXPERIÊNCIA CRUSPIANA 
18h00 ELES NÃO USAM BLACK-TIE
20h00 QUE BOM TE VER VIVA

07/04 | segunda
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 ZUZU ANGEL
19h00 O PROFETA DAS ÁGUAS 
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
17h00 CABRA MARCADO PARA MORRER

08/04 | terça
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 LAMARCA
19h00 VLADO: 30 ANOS DEPOIS | DEBATE COM IGOR FUSER E DANIEL CAMPOS DE CARVALHO | TEMA: CENSURA E IMPRENSA

09/04 | quarta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 HÉRCULES 56 | VOCÊ TAMBÉM PODE DAR UM PRESUNTO LEGAL
19h00 DOSSIÊ JANGO
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
17h00 REPARE BEM | DEBATE COM DENISE CRISPIM E PEDRO BARBOSA PEREIRA NETO | TEMA: VERDADE E MEMÓRIA

10/04 | quinta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 CABRA-CEGA
19h00 CIDADÃO BOILESEN | DEBATE COM IVAN SEIXAS | TEMA: TORTURA

11/04 | sexta
CIDADE UNIVERSITÁRIA
16h00 O PROFETA DAS ÁGUAS
19h00 VERDADE 12.528 | O FIM DO ESQUECIMENTO
MARIA ANTÔNIA
20h00 MARIGHELLA
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
11h00 ELES NÃO USAM BLACK-TIE | DEBATE COM LUCIANO CASTRO LIMA E GUSTAVO SEFERIAN | TEMA: MOVIMENTO OPERÁRIO
17h00 HOJE

12/04 | sábado
MARIA ANTÔNIA
16h00 CABRA MARCADO PARA MORRER | DEBATE COM PLÍNIO DE ARRUDA SAMPAIO | TEMA: LIGAS CAMPONESAS
20h00 REPARE BEM

13/04 | domingo
MARIA ANTÔNIA
17h00 HÉRCULES 56 | VOCÊ TAMBÉM PODE DAR UM PRESUNTO LEGAL
20h00 ZUZU ANGEL


Realização: 

CINUSP Paulo Emílio
Grupo de Pesquisa “Conflitos Armados, Massacres e Genocídios na Era Contemporânea” (UNIFESP/CNPq)
Comissão da Verdade Marcos Lindenberg (Universidade Federal de São Paulo)
Ministério Público Federal – Procuradoria Regional da República – 3ª Região

CINUSP Paulo Emílio

Cidade Universitária
Rua do Anfiteatro, 181 – Colmeia, Favo 04
Cidade Universitária
entrada franca
100 lugares
fone: 11-3091-3540

Maria Antônia
Centro Universitário Maria Antônia – Sala Carlos Reichenbach
Rua Maria Antônia, 294 – 1º andar
Consolação
entrada franca
70 lugares
fone: 11-3123-5200

Ministério Público Federal
Procuradoria Regional da República da 3ª Região – auditório
Av. Brigadeiro Luis Antônio, 2.020 – térreo
Bela Vista
entrada franca
180 lugares
fone: 11-2192-8723


FONTE>>Comissão da Verdade do Estado de São Paulo "Rubens Paiva"
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=293373170840483&set=a.128321767345625.24685.105195416324927&type=1&theater

domingo, 16 de março de 2014

MAURO SANTAYANA: REFLEXÕES SOBRE UM GOLPE EM NOSSA HISTÓRIA

por Mauro Santayana publicado 15/03/2014 13:47, última modificação 15/03/2014 17:22

Não podemos voltar no tempo e apagar o erro de 50 anos atrás. Mas podemos evitar que ele se repita. A defesa do regime democrático deve estar em primeiro lugar na lista das prioridades nacionais

Comício pelas Diretas Já na Praça da Sé, em São Paulo, 25 de janeiro de 1984:
 a aliança que permitiu a redemocratização se esfacelou

A arquitetura das pirâmides e os guerreiros de terracota do primeiro imperador da China são evidências de que, desde a antiguidade, a ideia de vencer a morte – e se deslocar no tempo – sempre fascinou o espírito humano. Seria ótimo se pudéssemos – como descrito no livro The Time Machine, de H.G. Wells (de 1895) – também voltar ao passado e corrigir nossos erros, para garantir uma vida melhor no presente ou no mais remoto futuro. A ciência moderna tem desmentido essa possibilidade. Há, no entanto, outras maneiras de estabelecer pontes entre antes e agora, sem o recurso a outras dimensões, como hipotéticos “buracos de minhoca” ou “dobras” no espaço-tempo einsteiniano.


A História, por exemplo, mescla, com naturalidade e ironia, o passado e o presente, e, bruxa ou fada, surpreende e enfeitiça, burlando-se dos sonhos, esperanças, desventuras, dos indivíduos, povos e nações, que participam da caminhada desta nossa pobre espécie em sua ingente jornada para o futuro.


Completam-se, neste mês, os primeiros 50 anos do golpe militar de 1964. Pela forma como foi engendrado e deflagrado, com a participação de uma potência estrangeira – a cada dia crescem as provas e evidências do envolvimento norte-americano –, o golpe já deveria, há muito, ter sido condenado. Pelos abusos cometidos desde o primeiro momento, e que se multiplicaram depois com o fortalecimento do radicalismo antidemocrático e da repressão mais sanguinária, era para se tratar de um episódio já execrado pela sociedade brasileira.


A geração que levou o povo às ruas nas memoráveis campanhas das Diretas Já e na eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República não soube, no entanto, se dedicar como deveria a manter viva, no coração do povo, a chama da liberdade e da democracia. A aliança que possibilitou a redemocratização se esfacelou com o tempo. Muitos movimentos, sindicatos e partidos se enfraqueceram, ou foram cooptados ou absorvidos pelo sistema.


As sucessivas crises econômicas e o abandono da população à própria sorte do ponto de vista da cultura e da cidadania – inclusive por parte da mídia que havia participado da luta pela redemocratização – aprofundaram o processo de “breguização” do país e abriram as portas para o ressurgimento de um conservadorismo visceral, subjacente, que sempre viveu da ignorância e despolitização do povo brasileiro.


O voto, no Congresso e fora dele, tornou-se majoritariamente fisiológico. Passou a ganhar a eleição quem oferecesse mais à população, isolando-se, ou deixando-se para segundo plano, nas campanhas políticas, questões como o fortalecimento do país ou a defesa e a preservação do Estado de Direito.


O Brasil mudou sua política externa, houve avanços econômicos e sociais, ­como o combate à fome e à exclusão, e a incorporação de milhões de pessoas ao consumo. Mas com relação a questões como a forma de se enxergar o combate à violência, a criminalização da política e a descaracterização dos partidos – com a sua transformação em meras frentes de defesa de interesses – a sociedade brasileira, depois do retorno da democracia, evoluiu muito pouco.


Voltamos a 1964, com o aparecimento de dezenas de “institutos” de diferentes tipos – financiados com dinheiro estrangeiro – dedicados a defender o neoliberalismo e a colonização do país. E a combater o nacionalismo como algo anacrônico e estéril, em uma época que todas as evidências demonstram que os países mais bem-sucedidos são justamente os que não têm vergonha de defender claramente sua posição e interesses em um mundo cada vez mais competitivo.


Como há 50 anos, “forças ocultas”, que já não se importam em não parecer ocultas, querem pintar o Brasil como se estivéssemos à beira do abismo, para defender velhos e perigosos caminhos de salvamento da Pátria. “Analistas”, locais e estrangeiros, movem permanente campanha de desestabilização da economia, por meio da distorção dos fatos e da manipulação de dados, voltada para o enfraquecimento da imagem do país no exterior.


Pela internet desferem-se ataques à democracia e crescem as pregações golpistas, com a defesa do recurso à violência e à tortura, crescem no mesmo meio em que vicejava nos anos 1960. Como ocorria às vésperas de março de 1964, multiplicam-se publicações, “filósofos” e “comentaristas” que professam um anticomunismo esquizofrênico e patológico – já que claramente psicótico e desprovido de qualquer contato com a realidade –, como se estivéssemos em plena Guerra Fria, e se sustentam pela distorção da história e da verdade, como se vivêssemos em outro planeta, situado em hipotético universo paralelo.


Mistura-se o comunismo com o fascismo, quando foram as tropas soviéticas que destroçaram os nazistas na batalha de ­Berlim em 1945. Atribui-se qualquer suposto ataque ao conservadorismo ocidental a uma fantasia denominada “marxismo cultural”. Atacam-se as bases filosóficas da modernidade, para propor a volta a um obscurantismo tosco e medieval. Dessa fantástica doutrina, faz parte a defesa, na internet – como cláusula pétrea de uma Igreja agora governada por um papa que prega a conciliação – a excomunhão de pessoas por suas convicções políticas.


Grupelhos voltam a desfilar, na frente dos quartéis – como aconteceu em junho –, com as mesmas faixas e bandeiras usadas daqueles anos sombrios.


Esse meio século de triste história deveria representar um marco e uma oportunidade de reflexão sobre o Brasil que queremos e para onde estamos indo como sociedade. É preciso voltar a colocar a defesa do regime democrático em primeiro lugar na lista das prioridades nacionais.


Chegamos a um ponto em que até mesmo pessoas que lutaram pela volta do Estado de Direito, pressionadas pela maré conservadora, estão defendendo a adoção de leis “antiterroristas” no Brasil. “Terrorista” era o termo usado contra os que foram perseguidos pela ditadura. Seus rostos, que podiam ser vistos em cartazes infames que se espalhavam pelos bares e colunas das estações rodoviárias nos anos mais duros da repressão, eram encimados por esse termo, seguido do apelo à delação.


As mesmas fotos que ilustravam os cartazes de procurados são, às vezes, a única forma de lembrar os que foram torturados, assassinados ou desapareceram naquela época.


Hitlernautas e apresentadores de programas sensacionalistas propagam a aceitação normal do retorno desse conceito – “Guerra Contra o Terror” é a base da doutrina de segurança norte-americana e de seus sabujos pelo mundo.
Deixar de raciocinar com base em princípios e convicções políticas, para se deixar pautar pelo clamor fascista que estiver em voga, é o caminho mais curto para vir a justificar – dependendo do governo de turno – a impressão de novos cartazes como aqueles. Ou de acabar, eventualmente, aparecendo com o próprio rosto em um deles.